sexta-feira, 18 de abril de 2008

Não ao abuso das crianças


Vamos denunciar, repudiar, criticar todas e qualquer forma de abuso a crianças (fisico, emocional e sexual).

As crianças estão vulneraveis a qualquer adulto cuja intenção seja abusar delas. Um abusador pode ser o vizinho/a, o pai/mãe, um professor/a, mentor/a, o amigo/a, o familiar...poder ser qualquer um. Por vezes, o/a abusador/a surge de onde menos se espera. Não tem um rosto...

È importante proteger as crianças porque elas não possuem recursos para o fazer de uma forma rapida, eficaz e segura.


1 comentário:

Ana Filipa disse...

Caro João Alexandre: é com um enorme prazer que comento o teu blog.
Nada pode ser mais real que o abuso emocional que muitos pais, sem se darem conta, exercem sobre os seus mais-que-tudo, na terrivel negação de que estão a exercer os seus direitos como pais.
Esta doença, a co-dependencia, é terrivelmente mais devastadora que o alcoolismo ou mesmo a dependencia quimica, que por sua vez, uma vez conseguida a abstinencia e o afastamento dos objectos aditivos, com alguns apoios pode ser mantida. A co-dependencia não. Não podemos isolar o ser humano de outros, não podemos privar o Homem de se relacionar, de pensar, de agir, pior que tudo, de sentir! Esta é a mais dura luta contra as doenças do foro aditivo no meu ver. Eu própria como adicta, vim a admitir ao fim de alguns anos em recuperação das drogas e do alcool que a manifestação primária da minha doença antes de todas as outras é a co-dependencia. foi ela que na busca do amor/odio aditivo me levou a conhecer as drogas e o alcool mais tarde. Hoje, depois de muita dor, de olhar a toda a minha àrvore genealogica de comportamentos aditivos, compreendo qe esta doença se tem transmitido de geração em geração. Uma familia disfuncional educa valores disfuncionais, e assim sucessivamente. Hoje, responsável e consciente, mãe solteira vejo-me na urgente obrigação de interromper este ciclo. Um dia de cada vez, olhando aos meus motivos e comportamentos, recuperando o amor-proprio, a autoestima, a independencia emocional esforço-me diáriamente para transmitir ao meu filho valores muito diferentes dos que me foram transmitidos, muitas vezes questionando-me mil vezes mais que outras mães, se o que estou a ensinar é o correcto ou a minha doença a falar por mim. E claro, tentando fazer chegar a outros como eu a esperança de que é possivel quebrar o ciclo e recuperar, pois para chegar a este nivel de consciencia, tive que também eu ouvir muitos outros, como tu, que em muito me ajudaram a encontrar quem realmente eu sou. Uma mulher de valor, não uma criança ferida!
Por isso Bem-Haja João Alexandre, pela tua parte responsável nisto! Um grande abraço
Filipa