terça-feira, 29 de julho de 2008

Livre de Fumos




Em 2008 o tema da Campanha “JUVENTUDE LIVRE DO TABACO” expressa a preocupação crescente da Organização Mundial de Saude (OMS) em estabelecer estratégias de combate às campanhas publicitarias “agressivas” da indústria tabaqueira ao eleger subtilmente o público jovem como “alvo” dos seus produtos de forma a manter os seus lucros, uma vez que o público adulto além de já estar conquistado, está dependente e mais próximo contrair doenças associadas ao consumo de tabaco.

Uma parte dos jovens iniciam o consumo do tabaco em tenra idade.
È do conhecimento de todos que o tabagismo constitui um dos maiores factores de risco de morte evitável, gerando várias enfermidades. Estas conclusões, por si só são suficientes e preocupantes podendo conduzir a medidas preventivas quer sejam implementadas no presente e/ou no futuro promotoras de qualidade de vida dos jovens.

O fumo é responsável por:
30% das mortes por cancro;
90% das mortes por cancro no pulmão;
97% do cancro da laringe;
25% das mortes por doença do coração;
85% das mortes por bronquite e enfisema;
25% das mortes por derrame cerebral e por
50% dos casos de cancro de pele.

De salientar que a grande maioria destes casos (doenças/morte) acontecem na população adulta. Por isso, é necessário “recrutar/aliciar” novos consumidores, de preferencia jovens que até atingirem a idade adulta vão contribuir significativamente para os lucros do industria tabaqueira, e alguns mais tarde iram fazer parte da lista "negra" das estatisitcas de doenças e mortes associados ao tabaco.

Durante a gravidez

O tabagismo pode atrasar a concepção, e durante a gravidez pode afectar de modo negativo o feto. Os recém-nascidos das mães fumadoras pesam menos que os das não fumadoras. O tabagismo materno durante a gravidez pode afectar a médio prazo o desenvolvimento físico e intelectual da criança.

Na minha experiência profissional constato que a grande maioria , diria 98% dos dependentes de drogas e/ou álcool e jogo compulsivo, que acompanhei e continuo a acompanhar, são fumadores que iniciaram os seus consumos durante a fase da pre-adolescencia.

Será que o consumo do tabaco pode “abrir um caminho”, a nível neurológico, para outras substancias adictivas (ex. cannabis, heroina, cocaína, álcool) e geradoras de dependência? Na minha opinião, a resposta a esta questão é sim.
Ensina ao teu filho/a outros hábitos e comportamentos mais saudáveis (ex. actividades físicas, leituras, passeios, contacto coma natureza, etc). E muito importante; sê um modelo - - não fumes.

terça-feira, 15 de julho de 2008

As Crianças e a Honestidade




Se os adultos conseguirem motivar as crianças dizerem a verdade será muito provável não recorrerem à mentira. Nas idades compreendidas entre os 4 e os 5 anos elas conseguem entender a diferença entre a verdade e a mentira. Algumas vezes procuram agradar aos adultos, passando por períodos difíceis quando necessitam de admitir os seus erros ou acidentes.


Algumas sugestões para se praticar a honestidade:

Não colocar "rótulos" nas crianças - Quando as crianças mentem não lhes chamem mentirosas. Explicar que não se gosta de mentiras; mas que se continua a adorar o seu filho/a. Permite-lhes a possibilidade de elas escolherem contar a verdade e explicar a razão pela qual elas mentem.

Se souberes a resposta, não faças perguntas – Se tiveres a certeza de que o teu filho/a partiu a lâmpada do candeeiro, não faças perguntas desnecessárias, podendo assim facilitar o recurso à mentira. Faz afirmações: “ Vi que partiste a lâmpada do candeeiro, que podes fazer diferente de forma a resolver a situação no futuro?”

Descobre a razão pela qual as crianças mentem – Quando o adulto procura entender as razões e os motivos pela qual a criança mente fica assim habilitado a identificar as inseguranças e as suas necessidades dos seus filhos/as. Por vezes, as crianças mentem por sentirem medo das consequências dos seus actos, ou porque desejam algo e pensam que seja apropriado obter aquilo que querem, nesse momento, em vez de ser mais tarde.

Valoriza e enalteçe a honestidade – Permite que o teu filho/a saiba que valorizas e aprecias a honestidade para contigo próprio e para com as outras pessoas.

Pratica a tolerância – Ao realmente constatar que o filho/a está a mentir fica atento aos teus sentimentos, principalmente à raiva (ex. comportamentos e atitudes desproporcionadas e punitivas). Pode tornar a criança mais ansiosa quanto a resolver algo desconfortável na próxima situação, recorrendo mais uma vez à mentira, evitando assim passar por uma experiência negativa, porque esteve exposta à tua raiva desproporcionada. A mentira é uma ofensa grave e seria, mas agir, racionalmente, pode permitir à criança aprender a fazer a coisa certa para a próxima vez.

Sê um exemplo e um modelo de referencia para a criança – ensina a honestidade; sendo honesto. Se a criança observar que o pai/mãe dá um desculpa desonesta a alguém ao telefone ou que fica com o troco, extra de 10 €, que o empregado do supermercado se enganou, então o filho/a aprende que nem sempre é necessário ser honesto.

Numa escala de 0 a 10 onde situas o nível de honestidade no relacionamento com:

1. Filho/a
2. Marido/mulher
3. Pais
4. Amigos/as

Se tiveres duvidas podes pedir feedback e ouvir (com os ouvidos) aquilo que os outros pensam sobre a tua honestidade. Arrisca

Sabemos, como adultos, o quão necessário e salutar a pratica da honestidade nos nossos relacionamentos. Primeiro passa por identificar os nossos sentimentos, crenças, motivações e sonhos. Ser honesto acima de tudo connosco próprios.
Por vezes, existem pessoas que não conhecem ou valorizam a honestidade nas suas relações. Ficando assim inibidas de valorizarem princípios e valores morais que promovem o altruísmo, a solidariedade, a auto estima, a resiliência, a honestidade, a espontaneidade e a integridade.
As nossas crianças necessitam destes valores de forma a que as suas vidas adquirem sentido, conteúdo e propósito, como de oxigénio necessário para respirar-mos.