domingo, 20 de dezembro de 2009

A família e a escola

Legenda. O aluno vira-se para a professora e diz:
"Não pude fazer os trabalhos de casa porque o meu computador tem um vírus, assim como todos os meus lápis e canetas."
Uma imagem ainda vale mais que 1000 palavras.

domingo, 29 de novembro de 2009

O actor António Bandeiras pela Prevenção



Felizmente existem indviduos, uns conhecidos do publico em geral outros anónimos, que fazem a diferença na nossa comunidade e na nossa sociedade em relação à Prevenção. Não basta falar, é preciso fazer. Acrescento - Compromisso.

O que você faz pela prevenção, em relação aos seus filhos?

Envie um email xx.joao@gmail.com


Veja o video e comente no blogue:


sábado, 28 de novembro de 2009

Fantasmas na Familía que precisam de ser identificados



Fantasmas na Família


Como a Qualidade de Laços na Família Previne ou Contribui para a Psicopatologia Infantil e da Adolescência.



Todas as crianças precisam de uma pessoa, nas suas vidas, que seja doida por elas. Todas as crianças necessitam de saber que existe uma pessoa que é doida por elas e que estará lá sempre. Foi assim que conseguimos evoluir e sobreviver como uma espécie neste planeta. É por haver pessoas que são doidas por nós, enquanto somos crianças, que conseguimos sobreviver. Geralmente, essas pessoas são os nossos pais e/ou outras pessoas significativas. Para muitos, os primeiros anos de vida são aqueles que não importam muito. Parte da existência que muitos já não se lembram do que aconteceu. Mas na realidade, será verdade?


Sabias que, aproximadamente ao 7º ano de vida, o teu cérebro ja esta programado para lidar com o mundo e programado na forma como experienciar o mundo? Sabias que é no primeiro ano de vida, que aprendes a lidar com sentimentos, tais como, a confiança e a desconfiança? Sabias que quando nasces, a capacidade de absorver memória emocional está completamente formada? Sabias que, nos teus mecanismos cerebrais, a memória das coisas que te lembras é diferente da memória emocional? Quantas vezes já pensaste sobre um assunto de maneira diferente, ao longo de um período de tempo, mas o sentimento não muda? O sentimento está registado na “memória” do teu corpo.


Quando os pais expõem as suas preocupações sobre o comportamento dos seus filhos, regra geral, eles querem saber o que é que posso fazer para mudar o comportamento, para que obedeçam aos pais. No caso de trauma para que fiquem saudáveis, e assim por diante. Agora, o que raramente acontece é aparecerem pais a perguntarem-me “O que é que eu posso mudar nas minhas atitudes e no meu comportamento para ajudar o meu filho/filha?”.


Tendo em consideração a psico-biologia da criança, o papel dos pais é ensinar aos filhos, como se auto-regularem psicologicamente, pois é com essas “ferramentas” que vão lidar com o mundo. E é utilizando essas competências (ferramentas) que vão construir outros laços significativos e/ou desenvolver relações destrutivas com outras pessoas.


Quando o bebe nasce, uma das suas primeiras competências é o desenvolvimento da visão, são os pais, para quem ele vai olhar (identificar), sente que estão lá para cuidar dele, é o primeiro passo, da sua personalidade emergente, para o desenvolvimento da auto-estima. Quando o bebé chora e os pais acodem de imediato, ele sente-se seguro, num “mundo” repleto de possíveis predadores. Posso também acrescentar, por exemplo enquanto o bebé chora, e um dos seus progenitores procura sossegar (embalar), através de uma voz suave, (ex. cantando uma velha cantiga), o cérebro do bebe é ajustado/regulado, reduzindo substancialmente os níveis de cortisol, (possibilitando a comunicação dos neurotransmissores), retornando então o balanço homeostatico (homeostase). È através deste processo que o bebé aprende a auto-regular (equilíbrio da emoções), não conseguindo fazer sem a contribuição dos pais. E pela atenção (disponibilidade emocional) que lhe presta quando brinca com ele, quando lhe dá banho, quando o consola quando chora, quando o alimenta, quando tem fome, que se sente digno de receber, ao ser valorizado, e por sua vez, aprende a valorizar e a dar.


Quando a crianças crescem, precisam de alguém significativo, de forma a assegurarem-se que não existe um dragão que os vai comer de noite quando ficam sozinhos no quarto. A criança precisa de protecção e orientação dos pais/pessoas significativas para lhe mostrar como se lida com as pessoas, de forma a aprender a construir e a manter laços saudáveis nos relacionamentos. Aprender a identificar uma injustiça e prevenir outra. Entre imensas necessidades, a crianças precisa também que os seus sentimentos sejam prezados, assim como, ensinado a lidar com eles. Aceitar a sua própria tristeza e estar presente nesses momentos dolorosos, aceitar a raiva sem o desvalorizar pessoalmente, mas mantendo sempre regras básicas que sejam justas e ajuda-lo a exprimir a sua raiva o mais congruentemente possível. A crianças precisam de orientação dos pais para que aprendam a lidar com a vergonha e saber lidar com a ansiedade, gerado pelo de sentimento de culpa. A criança precisa dos pais para descobrir que o segredo baseado em medo corrói mais do que nada, e por isso a criança precisa da compreensão, aceitação e justiça, enfim, precisa que os pais sejam um espelho da sua alma para que se veja nos seus olhos, para que se encontre neste mundo e desenvolva uma capacidade saudável de estar consigo próprio e em se relacionar com outros. Não te esqueças, pai, mãe ou pessoa significativa, és o primeiro arquétipo, o primeiro significado da vida da criança.


Pai, mãe e/ou pessoa significativa, isto só pode ser feito de duas maneiras. Primeira, como criança foste assim educado, respeitado e continuaste a seguir esse rumo, ou segundo, com as melhores das intenções foste moldado à expectativa dos outros e nunca te encontraste, pois os caminhos que te indicaram não eram as estradas da tua alma, e como te perdes a maioria das vezes, perdes os outros também.

Tiveste então que seguir um caminho pelo qual a estrada nem sempre foi a direito (como qualquer outra estrada) e também foste aprendendo ao longo da tua vida a identificar os teus direitos como criança, para que agora como pai e/ou mãe consigas fazer diferente, daquilo que fizeram contigo, com os teus filhos.


Would not God find a way out, some superior deception such as the grownups and the powerful always contrived, producing one more trump card at the last moment, shaming me after all, not taking me seriously, humiliating me under the damnable mask of kindness?”


Hermann Hesse, “A Child’s Heart”



Aproximadamente, em 90% dos casos a psicopatologia infantil não é uma doença mental. São originados por conflitos emocionais (neuroses), juntamente com problemas de comportamento. Podem ser criados pela educação, pelo meio ambiente, juntamente com os genes. Mas atenção, não são os genes que ditam o comportamento, é o ambiente que reflecte e selecciona os genes que as tuas células vão utilizar. É assim que se forma a tua percepção, a tua memória emocional consciente e inconsciente assim como filtras e assimilas a realidade.


Se como pai, mãe e/ou pessoa significativa não conseguir regular a raiva do seu filho/a, provavelmente no futuro, ele não irá conseguir tolerar a raiva dos outros. Como pai, mãe e/ou pessoa significativa não conseguir estabelecer regras justas e regular os sentimentos de culpa do seu filho/a, é muito possível que ele não aprenda o significado de justiça, sentindo-se responsável pelos sentimentos dos outros quando crescer. Como pai, mãe e/ou pessoa significativa não permitiu a expressão das emoções, é natural que o seu filho/a, quando crescer, não saiba lidar com as suas emoções, assim como viver com as dos outros. E a lista continua.


Estes são os fantasmas “vivos” que atravessam gerações, mas que ninguém aborda, pois para muitos pais não sabem como lidar com estes assuntos (mitos e tabus). Como pai, mãe e/ou pessoa significativa para conseguir expressar e abordar estes fantasmas é necessário conhecer os seus “nomes”. A criança que não foi emocionalmente regulada/educada e não teve um “espelho da sua grandeza”, na realidade, nunca viu a sua cara.


A maior prevenção na saúde mental e psicopatologia, antes de medidas sociais e profissionais, sao vocês, como pais, mãe e/ou pessoa significativa. A sua missão como progenitor é desenvolver uma estrutura familiar segura aos seus filhos, para que eles aprendam a construir as deles.


Se queres saber mais sobre psicologia infantil e ideias praticas como lidar com as suas crianças, siga os links:






Tanto na felicidade, tanto como na tristeza, BOA SORTE!

Dr. Miguel Mealha Estrada, PsyD, MBACP

Child and Adolescent Clinical Psychotherapist

Autism Spectrum Disorders Specialist Unit, London.


Comentário: Desde já gostaria de expressar os meus agradecimentos ao Dr. Miguel Estrada pela sua participação no movimento/causa sobre a Prevenção. A prevenção assume um papel significativo na educação das nossas crianças e na nossa comunidade.
Como aprendemos a ser os adultos que somos? Na minha opinião, não existem fases (expressões populares entre pais) "Ah, o meu filho/a está numa idade dificil..." ou "Sabem como é....adolescência...é problematico." Todos nós, seres humanos sofremos as adversidades da vida.
Não é sinonimo de educação fazer com que os nossos filhos/as nos obedeçam (cegamente), atraves de regras desactualizadas, rigidas e ou demasiado passivas. Para eles (crianças) é demasiado confuso, por ex. um pai dizer/fazer uma coisa, e depois a mãe dizer/fazer outra. Há que encontrar, atraves da criatividade e do exemplo um espaço para educar e aprender a viver em conjunto/familía. Porque afinal, como adultos, também estamos a aprender com os erros...e algumas vezes os nossos filhos (crianças) sofrem as consequencias desses mesmos erros.
Prevenção é tolerancia, orientação, compaixão, assertividade (ex. dizer NÂO), limites e liberdade de escolha, é aprender a receber e a dar.
Um grande bem haja Miguel e abraço iluminado.



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O lado escuro da realidade


A medicação prescrita pelos medicos para algumas doenças psiquiatricas é sem sombra de duvida, uma mais valia para milhoes de individuos que de outra forma não conseguiriam ter qualidade de vida. Todavia, existe o marketing e o lucro associado à medicação psicotrópica. A industria farmacêutica que movimenta milhoes de euros. Existem 100 milhões de individuos no mundo que recorrem a estes medicamentos.

Como se diagnostica determinadas doenças psiquiatricas?Existem testes? Quem os faz?
Se verificar que existem sinais e sintomas que interferem negativamente na sua vida, fale com o seu psiquiatra. Não seja somente mais um cliente, faça perguntas e esclareça as suas duvidas. Exija ser atendido e ouvido. Obviamente que existem excelentes (lado humano) profissionais.

Veja o video e comente.

domingo, 22 de novembro de 2009

Prevenção em Portugal, Zero


A prevenção é altamente negligênciada, por todos em geral, até ao dia que surgem os problemas. Recordo inumeros casos de familias que me perguntam "Diga-me, porque é que o meu filho se droga? Nunca lhe faltou nada...teve tudo. Nós os pais, trabalhamos a vida inteira..." Parece adoptar-mos uma postura/atitude de Negação (minimizar, racionalizar e justificar) em relação ao problema. Andamos uma vida inteira numa corrida, frenetica e obsessiva, à procura de satisfazer os nossos egos.


Após ler esta noticia sobre a obesidade infantil, concordo e reforço a necessidade de implementar programas coerentes e sustentaveis. Areas como a obesidade, as drogas licitas e ilicitas, incluindo o alcool, aparentam serem negligenciadas. Por ex. em Portugal é permitido a publicidade às bebidas alcoolicas associado ao desporto.
É necessario tomar medidas serias, não me refiro somente ao Governo, mas a cada um de nós, de forma a inverter alguma realidade disfuncional (ex. interesses financeiros e economicos) em prol das pessoas e instituições. Se um dia um filho/a ou filhos surgirem com problemas associados ao alcool e ou drogas ilicitas, o que é que você faz? Conheço muitos pais e familias que negam esta realidade.


Qual ou quais os tipos de programas sobre a Prevenção em que você e ou a sua comunidade estão envolvidos? Responda e envie para xx.joao@mail.com


Veja a noticia e comente.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Podiamos ser mais sinceros e valorizar aqueles que nos amam



O Poder da Validação - Stephen Kanitz


“Todos somos inseguros, sem excepção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Insegurança é o problema humano número um.


O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, apreciaríamos mais a vida. Mas como reduzir esta insegurança?


Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. É um engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.


Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efémera. Segurança depende de um processo que chamo de "validação".


Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.


Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja.


Quem nos elogia e levanta na hora certa são os que melhor combatem a sua insegurança. Mas eles próprios precisam de validação.


Um simples olhar, um sorriso, uma palavra de elogio são suficientes para você validar alguém. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para validar os outros.


Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. “Damos graxa” a quem não gostamos, e esquecemo-nos de validar aqueles que admiramos. Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.


Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem.


Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.


Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todos os dias. Com um elogio, um sorriso, os parabéns na hora certa, um “bom trabalho”, uma salva de palmas, um beijo, um sinal de aprovação, umas flores. Você já validou alguém hoje?


Então comece já, por mais inseguro que você esteja. “



Veja o blog do autor em http://blog.kanitz.com.br/


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mentes selectivas


Somos individuos limitados na avaliação, quer sejam das nossas qualidades ou dos nossos defeitos de caracter, assim como na avaliação dos outras pessoas.
Por ex., porque será que nº de divorcios aumentou? Será que tem a ver com a "guerra" do sexos?
Esta foto ilustra, segundo Gilberto Nucci, que só valorizamos aquilo que nos realmente interessa ou dá jeito acreditar.
Os relacionamentos são o "terreno" perfeito para desenvolvermos novas habilidade e identificar crenças disfuncionais.
Se não conseguir ler a legenda, faça um clique, com o cursor, em cima da foto.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Frases soltas e com significado


Frases soltas e com significado na Prevenção das Dependências (Adicção)
Estas frases fazem parte da linguagem que define a nossa missão - uma cultura diferente e activa na Prevenção.
2008

Fev. – Ser um exemplo/modelo para os filhos não significa ser perfeito.


Mar. – Família: Organização e gestão de talentos.


Abr. – Prevenção: Desafio, Evolução e Aprendizagem constante.

Mai. – Prevenir é procurar a verdade (factos) sobre o consumo de álcool e outras drogas.

Jun. – Linguagem dos sentimentos: Desafio na prevenção entre adultos e crianças.

Jul. – Ser pai/mãe é diferente de ser amigo/a.


Ago. – Verão/Férias. Oportunidade para descobrir e aprender sobre o estado de “saúde” da família.


Set. – Alteração da lei que permite a publicidade, a venda e o consumo de bebidas alcoólicas aos jovens.


2009
Jan. – Em tempo de crise é altura de encontrar soluções realistas – S.O.S.

Mar. – Somos únicos e autênticos – essa inusitada característica humana.

Mai. – Instituições, Pessoas e recursos geram competências e talentos.

Jul. – A negação não é seguramente uma atitude proactiva.


Na sua opinião, qual destas frases melhor enquadra o conceito de Prevenção das Dependências? Vote na sua preferência e envie um email para xx.joao@gmail.com
Se desejar pode participar com frases suas que podem ser utilizadas no futuro, aproveite

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Publicidade ao Alcool e conteudos perigosos no Facebook


Os senhores da guerra da Industria do Alcool e o Facebook.

A publicidade agressiva apelando ao consumo de bebidas alcoolicas continua a invadir os lares, neste caso especificio, os computadores das crianças e dos adolescentes atraves da internet.


Uma instituição americana, Marin Institute, veio revelar e alertar que está a ser permitido, atraves do Facebook, a publicidade e conteudos que encorajam o abuso de bebidas alcoolicas entre os jovens.
Na minha opinião e sem desejar ser alarmista, mas como profissional e pai repudio este tipo de publicidade e conteudos na internet, seja atraves do Facebook ou de outra rede social.
Só para lembrar que no Facebook existem aproximadamente 100 milhões de utilizadores cujas idades encontram-se abaixo dos 21 anos.
Se for utilizador do Facebook não permita este ABUSO.


Siga o link e veja o video (replay). Comente em Mais Vale Prevenir Do Que Remediar.



Leia o artigo na revista Global Drug Policy:

terça-feira, 29 de setembro de 2009

As Emoções são a nossa "Vida Interior"


Como se sente hoje? É Ok sentir...ser honesto/a consigo mesmo.


Abandonado/a, Aceite, Adequado/a, Afectado/a, Ansioso/a, Apático/a, Ambivalente, Apreensivo/a, Acarinhado/a, Arrependido/a, Atrapalhado/a, Amado/a, Aliviado/a, Absorto, Ausente, Aborrecido/a, Alegre, Abusado/a, Acanhado/a, Activo/a, Apaixonado/a, Auto-piedade, Assustado/a, Agradecido/a, Aparvalhado/a, Apático/a, Aturdido/a, Alheado/a, Angustia, Atónito,


Bem-disposto/a, Baralhado/a,


Ciúme, Coragem, Chateado/a, Calmo/a, Carinho, Confortável, Confiante, Cobarde, Constrangido/a, Contente, Culpa, Cansado/a, Compreendido/a, Comprometido/a, Cativado/a, Chocado/a, Coitado/a,


Desapontado/a, Desagradado/a, Desencorajado/a, Distraído/a, Desesperado/a, Desacreditado/a, Desanimado/a, Derrotado/a, Doente, Desconfortável, Desconfiado/a, Dominado/a, Desiludido/a, Desprezo, Deslumbrado/a, Dôr, Defensivo/a, Dividido/a,


Envergonhado/a, Estranho/a, Embaraçado/a, Enganado/a, Empatia, Encantado/a, Extasiado/a, Enfraquecido/a, Egoísta, Entorpecido/a, Estúpido/a, Excitado/a, Explorado/a, Encurralado/a, Em-baixo, Entorpecido/a,


Feliz, Falhado/a, Fascinado/a, Frustrado/a,


Gélido/a, Grato/a,


Humilde, Humilhado/a, Hostil, Hirto, Horrível,

Impotente, Injustiçado/a, Inveja, Importante, Indiferente, Impaciente, Intolerante, Irritado, Infeliz, Inseguro/a, Inferior, Ingénuo/a, Idiota, Inocente, Curioso/a,


Jovial, Julgado/a,


Livre, Luto, Lesado/a


Merecedor/a, Medo, Magoado/a, Miserável, Motivado/a, Maravilhado/a, Manipulado/a,

Natural, Nervoso,


Ódio, Ousado/a, Orgulhoso/a, Obcecado/a, Obstinado/a, Obtuso, Optimista,


Pena, Parvo/a, Provocado/a, Preocupado/a, Perturbado/a, Possessivo/a, Piedoso/a, Pasmado/a, Perda, Persuadido/a, Perplexo


Querido/a,


Ressentido/a, Raiva, Rejeitado/a, Remorso, Resignado/a, Respeitado/a, Rendido/a, Realizado/a, Receio, Relutante,


Só, Solidão, Satisfeito/a, Surpreendido/a, Seguro/a, Surpreso,


Triste, Tolo/a, Triunfante, Tranquilo/a,

Zangado

Útil, Usado/a,
Vazio, Vencedor/a, Vergonha,

Vamos sentir...e não fingir. Estas são apenas algumas das emoções se desejares podes acrescentar algumas que não constem da lista. Envia para xx.joao@gmail.com

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Se és jovem...qual a tua atitude?


Se és jovem e consideras o assunto - drogas licitas e ou ilicitas, incluindo o alcool e as dependências interessante podes seguir este link e ver o video (inglês). São jovens que atraves da informação e experiência desenvolveram uma atitude (escolha) sobre as drogas e as consequências adversas.


1. Se és jovem, consideras-te em risco de desenvolver uma dependência de drogas licitas e ou ilicitas, incluindo o alcool?


2. Se és jovem, consideras-te informado (realista, concreta, investigação, aconselhado) sobre o risco de abuso de drogas licitas e ou ilicitas, incluindo o alcool?


3. Se és jovem, sabes quais os factores de risco e os factores de protecção em relação a ti e às drogas licitas e ou ílicitas?


4. Se és jovem, discutes abertamente o assunto dependências e drogas em casa com os teus pais, técnicos?


Se és jovem podes enviar as respostas atraves do email xx.joao@gmail.com

Participa

Ver mais:


Morte prematura entre os jovens


A Organização Mundial de Saude veio alertar para a importância da Prevenção junto dos jovens. Como membros do nossa sociedade podemos estar a negar uma realidade, que existe mesmo debaixo do nosso nariz e que não queremos ver, que assume consequências avassaladoras e destruidoras. O nossa sociedade que todos desejamos que seja civilizada, aparenta negligênciar e revela-se um lugar pouco seguro para os jovens.

Por ex. no continente Africano a fome e as doenças são os factores responsaveis pelas mortes de milhares de crianças.

Na civilização ocidental, será o consumismo e a ausência de valores e princípios responsaveis pelas mortes prematuras dos nossos jovens?

Estará o alcool relacionado com algumas destas causas de morte? A industria do alcool e o Estado (legislação) também são responsavéis?
Como profissional e pai fico apreensivo com estas notícias e com o mundo que construímos para os nossos filhos. Será um mundo seguro e merecedor de confiança?

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Veja mais:
siga os links e oiça o audio:



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O perigo pode estar na prória casa

Por vezes, as drogas estão em casa. Os jovens podem utilizar a medicação que encontram disponivel, por ex. no armario da casa de banho ou na gaveta da mesa de cabeceira no quarto dos pais e assim enfrentam sérios riscos de sofrer as consequencias adversas - acidentes ou em ultimo caso, abuso e adicção a drogas (dependência).A medicação não deve estar ao alcance dos jovens. Veja o video e comente em Mais Vale Prevenir Do Que Remediar

http://www.youtube.com/watch?v=PSo6S17_NlI&feature=PlayList&p=09A357344EE6F0FA&index=0

domingo, 16 de agosto de 2009

Como lidar com o Pensamento rigido, inflexivel e a ansiedade extrema





  • Faça pausas de 10 mtos a cada 2 horas de trabalho intenso, no máximo. Repita estas pausas na vida diária. Inspire e expire.



  • Aprenda a dizer Não sem se sentir culpada ou pensar que vai magoar a outra pessoa. Agradar a “gregos e troianos” é um desgaste enorme e uma “missão impossível”.



  • Planeie o seu dia, mas deixe sempre espaço para o improviso e o imprevisto. Esteja consciente de que nem tudo depende de si e ou que seja exequível (agora e hoje).



  • Concentre-se numa tarefa de cada vez. Por mais ágeis que sejam os seus pensamentos (sou capaz de fazer isto e aquilo…) seguramente acabará confuso/a e ansioso/a.



  • Esqueça que você é insubstituível. No trabalho, em casa, etc. por mais que isso o desagrade, tudo anda sem a sua actuação directa ou indirecta, a não ser a sua própria.



  • Abra a mão de se sentir responsável pelo prazer dos outros. Não será a “fonte de desejo” ou o eterno “mestre-de-cerimónias”.



  • Peça ajuda sempre que necessário, tendo o bom senso de pedir às pessoas certas.



  • Diferencie os problemas reais daqueles problemas irracionais, e depois elimina-os porque são pura perda de tempo e ocupam um espaço mental precioso para coisas mais importantes.



  • Tente descobrir o prazer de eventos quotidianos, tais como, dormir, comer e tomar banho, sem também achar que é o máximo que se consegue da vida.



  • Evite o envolvimento com a ansiedade e a pressão alheia. Espere um pouco e depois retome o dialogo – acção.



  • A família não és tu; está junto de si. Compõem a sua vida mas não são a sua própria identidade.



  • Entenda quais os princípios e convicções rígidas e fechadas que podem ser um grande peso , da trave do movimento e da busca.



  • É preciso ter sempre alguém em quem se confie a menos de um raio de 100 km. Não adianta estar mais longe.



  • Identifique a hora certa de sair de cena – retirar-se do palco – e deixar a roda livre. Nunca perca o sentido subtil da importância de uma saída discreta.



  • Não queira saber se falam mal de si, e acima de tudo não se atormente com esse lixo mental; Escute se falaram bem; com reserva analítica e sem qualquer convencimento.



  • Competir no trabalho, no lazer, na vida a dois é óptimo…para quem quer ficar sozinho, esgotado e perder o melhor.



  • “A rigidez é obra na pedra”, nunca no Homem. A ele cabe a firmeza e a integridade, que é completamente diferente.



  • Uma hora de intenso prazer substitui com folga 2 horas de pensamento sob pressão (stress). Rir repõe o pensamento positivo e critico construtivo, logo não perca a oportunidade de se divertir.



  • Não abandone as três grandes e inabaláveis amigas; a Intuição, a Inocência e a Fé.



  • Entenda de uma vez por todas, Você é aquilo que faz .


Autor Anónimo
Como sou uma pessoa ansiosa e acelerada gostaria de partilhar convosco este lembrete que utilizo há aproximadamente doze anos. Serve como orientação (mantras) e contem imenso alimento pró pensamento.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Relações e desencontros

Por vezes e por um conjunto de razões algumas pessoas são incompativeis. Descobrem durante a relação que afinal e, depois de algum tempo juntos, dirigem-se por caminhos diferentes e opostos ao desenvolvimento da relação de intimidade (ex. casamento ou relação romântica).

Nalguns casos, porém existem filhos e filhas, que ainda "forçam" o contacto. Nesse caso, em particular, se houver magoa, remorso, ressentimento que interfira na relação com os filhos, o PERDÃO pode ser uma direcção construtiva e salutar a medio e a longo prazo. Afinal, todos nós cometemos erros...e podemos ajudar as crianças a não cometer os mesmos erros.
Vamos "enterrar" os simbolos e as vivências que interferem na senda do Perdão.

Siga o link e comente em "Mais Vale Prevenir Do Que Remediar"

http://www.youtube.com/watch?v=NN7fb7V_tTY&feature=channel_page

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Os interesses financeiros na industria do alcool: A verdadeira crise


Uma notícia referia o seguinte - Retorno no patrocínio ao futebol na época 08/09 a uma empresa de telecomunicações o resultado do investimento efectuado registou um valor de 154 milhões de euros. Esta operadora cresceu 71%, imediatamente a seguir uma determinada marca de cerveja com 93% e um banco com 5%.
Segundo a mesma notícia, o retorno no ano passado à determinada marca de cerveja, o resultado desse investimento no patrocínio no futebol referia um valor de 151,3 milhões de euros.

As conclusões constam de uma empresa de estudos de mercado que analisou 1200 meios de comunicação (ex. televisão). As 11 maiores marcas, onde consta algumas cervejeiras, obtiveram um retorno total de 797 milhões de euros um valor que representa um aumento de 14%.

Depois de tomar conhecimento sobre estes valores astronómicos, obviamente testemunho impotente às “guerras entre as cervejeiras”, e os danos colaterais “escondidos” – marketing (publicidade agressiva) e as leis permissivas em função dos interesses dos “senhores da guerra”. Esta situação (oferta desproporcionada) provoca um aumento dos jovens (procura novas emoções) que abusam do álcool.

E qual o retorno na publicidade nos meses de verão, nos festivais de musica, onde o publico alvo é jovem sendo a altura do ano onde se consome mais cerveja?

Por ex. nos festivais de verão e nos jogos de futebol são os locais onde os jovens podem bebem até à embriaguez (intoxicação aguda) que afecta a capacidade de raciocínio, as decisões e o auto controlo. Existe também o fenómeno do consumo esporádico excessivo (binge drinking) que é o consumo que ultrapassa as 5/6 bebidas no homem e a 4/5 bebidas na mulher numa só ocasião e num espaço de tempo definido. Estará o álcool relacionado com a violência observada no futebol, por ex. as claques? Longe dos pais (monitorização) prevalecem as “regras” dos grupos de pares. Na intoxicação aguda, os jovens apresentam uma desinibição dos seus impulsos, por ex. sexuais, uso drogas ilícitas, comportamentos violentos e interfere na coordenação motora (ex. acidentes de viação). De salientar que no caso do sexo feminino estão mais vulneráveis (vitimas) de vários tipos de abuso.

Existem slogans hipócritas para quando se beber, ser responsável. Qual o efeito deste slogan nos jovens? Na minha opinião, absolutamente nulo.
Os lucros financeiros da indústria do álcool prevalecem e sobrepõem-se às evidências. Em Portugal, o abuso e o alcoolismo atingem proporções alarmantes e os jovens são o alvo da indústria do álcool - fidelização à marca. O álcool é uma droga lícita.

Outra questão a salientar.Quanto gasta o estado, os contribuintes, em relação às consequências negativas do álcool, nos sistemas de saúde, da segurança social e no sistema de justiça?
Aguardamos impotentes os “ventos” da mudança na crise.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A Nossa Sanidade - os numeros falam por si


"O Plano Nacional de Redução dos Problemas Ligados ao Álcool 2009 – 2012 pretende, antes de mais, operacionalizar a maioria das intenções explicitadas no Plano de Acção contra o Alcoolismo, e o seu objectivo primordial consiste em reduzir de forma significativa o consumo nocivo de álcool entre a população e diminuir os seus efeitos perniciosos em termos sociais e de saúde. Pretende proporcionar também um enquadramento que permita adoptar uma estratégia equilibrada através de diversas acções específicas, que vão ao encontro do preconizado pela Comissão Europeia."
- Resolução do Conselho de Ministros nº 166/2000 de 29 de Novembro.

Princípios e conceitos:

A Lei n.º 48/90 de 24 de Agosto de 1990, da República Portuguesa, a Lei de Bases da Saúde, consagra como princípios gerais, no seu Capítulo 1, os princípios básicos dos quais decorrem todos os outros que este Plano incorpora e que são:

1. A protecção da saúde constitui um direito dos indivíduos e da comunidade que se efectiva pela responsabilidade conjunta dos cidadãos, da sociedade e do Estado, em liberdade de procura e de prestação de cuidados, nos termos da Constituição e da Lei.

2. O Estado promove e garante o acesso de todos os cidadãos aos cuidados de saúde nos limites dos recursos humanos, técnicos e financeiros disponíveis.

3. A promoção e a defesa da saúde pública são efectuadas através da actividade do Estado e de outras entidades públicas, podendo as organizações da sociedade civil ser associadas àquela actividade.

As crianças, as Leis e o Alcool
A Convenção dos Direitos das Crianças
(Assembleia Geral das Nações Unidas em 20/11/1989) reconhece “o direito das crianças a usufruir dos níveis de Saúde mais elevados”.

Por sua vez, a Organização Mundial de Saúde (OMS):
Postula na sua Constituição que “um dos direitos fundamentais de qualquer ser humano é usufruir dos níveis de saúde mais elevados, sem distinção de raça, reli-gião, crenças políticas ou condições socioeconómicas”.

Estabelece na Carta Europeia de 1995 sobre o álcool que “todas as pessoas têm direito a uma família, comunidade e ambiente laboral protegidos dos acidentes, da violência e de outras consequências negativas do consumo de álcool”.

Refere na Declaração de Estocolmo de 2001, sobre Jovens e Álcool, que as políticas de Saúde sobre álcool “devem ser formuladas com base no interesse da saúde pública sem a interferência de interesses comerciais”.

Na Carta Europeia sobre o Álcool, a OMS estabelece ainda que:
- Todas as pessoas têm direito a uma informação e educação imparciais, iniciadas tão cedo quanto possível, sobre as consequências do consumo do álcool na saúde, na família e na sociedade.

- Todas as crianças e adolescentes têm o direito a crescer num ambiente protegido das consequências negativas do consumo de álcool.

- Todas as pessoas que não consomem álcool por escolha pessoal ou por razões de saúde têm o direito de ser protegidas de pressão para beber, de publicidade agressiva e devem ser apoiadas activamente na sua decisão.

A nível Nacional
Em 2003, segundo dados do World Drink Trends (2005) Portugal ocupava o 8º lugar do consumo mundial, com um consumo estimado de cerca de 9,6 litros de etanol per capita, o que corresponde ao consumo acumulado de 58,7 litros de cerveja, 42 litros de vinho e cerca de 3,3 litros de bebidas destiladas.

Em relação ao consumo de cerveja, os dados mostram que Portugal ocupava o 23.º lugar com um consumo de 58,7 litros per capita, traduzindo-se num aumento significativo no que respeita às últimas décadas. O consumo de bebidas destiladas situava-se nos 3,3 litros per capita, ocupando o nosso país o 32º lugar e registando-se um aumento relativamente aos anos transactos.

Os estudos epidemiológicos realizados até ao momento apresentam o consumo de álcool na população portuguesa como um importante problema de saúde pública.

A proporção da população que iniciou o consumo de bebidas alcoólicas entre os 15 e os 17 anos representava em 2001 cerca de 30%, tendo este valor aumentado para os 40% em 2007 (Balsa et al., 2008).

Neste inquérito de 2007, 15,4 % dos jovens dos 20 - 24 anos e 11,2% dos jovens dos 15 -19 anos diz ter-se embriagado no último mês e 0,2% dos 20-24 anos e 0,5% dos jovens dos 15-19 anos fê-lo 10 vezes ou mais (Balsa et al., 2008).

Se nos reportarmos ao último ano, 38,5% dos jovens dos 20-24 anos e 34,6 % dos jovens dos 15-19 anos embriagou-se no último ano e 2,8% dos jovens dos 20-24 anos e 1,2% dos jovens dos 15-19 anos fê-lo 10 ou mais vezes (Balsa et al., 2008).

Em Portugal o consumo tipo binge (Consumo esporádico excessivo ou binge drinking é o consumo que excede 5 a 6 bebidas no homem e 4 a 5 bebidas na mulher, numa só ocasião e num espaço de tempo limitado, estando o individuo associado a uma maior probabilidade de sofrer consequências adversas) ocorre em todas as idades, mas a sua frequência diminui nos grupos etários mais velhos. Em 48,3% dos jovens dos 15 - 24 anos registou-se um consumo de 4 a 6 ou mais bebidas numa só ocasião pelo menos uma vez, no último ano (Balsa et al., 2008).

Quanto à percepção dos jovens sobre esta matéria, 19,7% dos jovens atribui pouco ou nenhum risco ao consumo de 5 ou mais bebidas alcoólicas num fim-de-semana (Balsa et al., 2008).

Relativamente ao tipo de bebidas, constata-se que a cerveja voltou a ser a bebida com maior prevalência de consumo entre os alunos de ambos os grupos de escolaridade.

Apesar das evidências e das consequências negativas, segundo um artigo do Diário de Noticias, de 26 de Junho de 2009, o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool 2009 - 2012 ainda está à espera de ser aprovado pelo Governo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

O alcoolismo é um problema de saude publica


Como profissional trabalho com individuos e familias, incluindo as crianças, cujas vidas são afectadas negativamente pelo alcool alerto para a necessidade se MUDAR a nossa "Cultura Que Bebe". Ultrapassar a fase da negação, da vergonha, do estigma e iniciar a fase de mudança de atitudes e comportamentos - reconhecimento e aceitação. É preciso coragem e compromissso pela causa.

É urgente tomar medidas serias e eficazes quanto à venda, à publicidade, à distribuição e ao consumo de alcool. São necessarias medidas de prevenção de forma a evitar o aparecimento de novos casos, por ex de jovens adultos, todos os anos - uma epidemia que afecta gerações de familias e a nossa comunidade.

Siga os links e aproveite para deixar os seus comentarios em "Mais Vale Prevenir do que Remediar"










quarta-feira, 1 de julho de 2009

"Ecstasy Nocturno" - Jornal Ágora - ISMAI



A escuridão da noite tem um encanto especial quando se é adolescente. Com a primeira saída à noite, a vida adulta começa. Às vezes com exageros.
O mundo da noite deixou de ser algo desconhecido para jovens como o João Ferreira de 14 anos, a Ana Catarina Ribeiro de 15 anos e Afonso Pinto de 16. Em meios urbanos, a experiencia da vida nocturna começa cada vez mais cedo.
Quando se é adolescente, a noite representa um momento de euforia, pois dispõe de largas horas para desfrutar a vida ao máximo. É um momento de liberdade, longe dos olhares reprovadores dos pais. Para os adolescentes dá a sensação de maturidade. É como se a infância tivesse terminado.

Começar a sair á noite é algo que os jovens começam a fazer desde cedo. É entre os 14 e os 16 anos que se vai a uma discoteca pela primeira vez. João Ferreira diz que a primeira ida à discoteca foi “memorável”. Apesar de não beber nem fumar, é o próprio a admitir que as discotecas são os locais mais propícios a vícios. E as primeiras saídas significam um grande tormento par aquém fica em casa, os pais. No entanto, “nem todos têm que passar por esse azar”, e há aqueles jovens cujos pais lhes dão mais liberdade e são vistos como verdadeiros ídolos.

A juventude não gosta de ficar em casa, quer conhecer pessoas, ouvir boa música, divertir-se e acabar a noite numa discoteca. É precisamente nesta fase da noite que os maiores exageros têm lugar. Vários adolescentes admitem que a sua primeira embriaguez aconteceu com os amigos na discoteca, mas só depois de ganharem a confiança dos pais, chegando a casa sempre a horas e levando à risca as regras impostas por estes.

Curiosamente, e indo contra o que foi dito, a maior parte dos jovens admite que bebe logo na primeira vez que sai. As preferências divergem: alguns dizem que preferem cerveja, outros apreciam mais bebidas brancas, outros shots.
Enraizou-se nos jovens a ideia de que sem álcool não pode haver diversão. Muitos afirmam que bebem para se sentirem mais desinibidos, outros dizem que bebem porque os amigos também o fazem e não querem estar um passo atrás.
É precisamente devido ao excesso de álcool e drogas que ocorrem casos de violência entre jovens embriagados. Muitos admitem mesmo que começam a ter medo de sair á noite.
São vários os casos vindos a público de jovens assaltados e agredidos. Ao que parece está-se a tornar uma impossibilidade conviver na rua em paz.
A noite, que tem de tudo para ser de liberdade está afinal, a tornar-se a “noite da perdição”.
Mário Carneiro e Tiago Carvalho

Este artigo foi publicado no Jornal do Curso de Ciências da Comunicação do Instituo Superior da Maia (ISMAI) – Ágora nº 8 – comentários: agoraccom@gmail.com
Comentário: Desde já o meu agradecimento pela autorização para publicação integral do referido texto. Tenho especial interesse quanto à perspectiva dos jovens e a prevenção das dependências porque considero que a grande maioria não é ouvida e tida em conta. O mundo continua a ser “terreno” único e exclusivo dos adultos. Alguns são irresponsáveis, egoístas, mentirosos, poderosos, manipuladores e colocam os seus interesses e os lucros acima dos valores morais e éticos. Parece que fazemos parte de uma cultura “egocêntrica e egoísta”.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Os jovens e a industria do alcool


A impotência e a resignação generalizada

Continuamos a assistir impotentes perante a hipocrisia em relação às leis que regulam a publicidade de determinadas marcas de cerveja no desporto e nos festivais de música de verão. O álcool é uma droga amplamente consumida. Em Portugal e desde há décadas o alcoolismo é reconhecido publicamente como um problema de saúde pública que infelizmente continua a ser negado, com a tendência para permanecer activo e resistente através do surgimento de novos casos – alcoólicos/as - todos os anos. Para ilustrar na perfeição a negação, recordo este cenário hipotético, por ex. em nossa casa, vive um elefante cor-de-rosa, fazemos de conta que não existe; não o vemos, não o ouvimos e não temos emoções sobre a sua presença. Se nos perguntarem “Porque é que um elefante está em tua casa?”, afirmamos resignados “Não sei, porque sim. Ele já lá vive em casa há muitos anos mesmo antes de ter nascido…”

Durante os festivais de música de verão, a queima das fitas, eventos e certas modalidades desportivas mediáticas onde o publico é maioritariamente jovem (adolescentes e jovens adultos) a publicidade (marketing) a determinadas marcas de cerveja é desproporcionada e agressiva procurando apelar aos sentidos, evocando divertimento e camaradagem. Segundo um artigo de um jornal de 20/06/2009 vendem-se 600 milhões de litros de cerveja por ano, metade (300 milhões de litros) entre Junho e Setembro. Basta fazer as contas para se entender a “guerra” assumida entre marcas, os impostos pagos ao estado e finalmente as consequências deste negócio lucrativo nos jovens.

A lei actual revela-se permissiva visto permitir ser manipulada pela poderosa indústria do álcool com a conivência das pessoas (pais e mães) que executam este tipo de legislação. Sabendo que o alcoolismo é um problema grave, segundo estudos publicamente reconhecidos, porque não se mudam as atitudes e os comportamentos? Assim como as leis? Só me ocorre uma resposta - lucro e interesses.

A verdade escondida
Afinal que interesses existem por detrás destas parcerias?
Num artigo do Diário Económico de 9/06/2009 – “Patrocinar o futebol só tem retorno com publicidade - Patrocinar uma equipa de futebol ajuda a conquistar notoriedade mas pode fazer muito mais por uma marca, em especial junto de um “target” mais generalizado ou masculino. Isto porque a “colagem” ao mundo do futebol pode ajudar a construir associações de imagem úteis para criação do valor da marca.”
Concordo na íntegra, então quer dizer, que a indústria do álcool investe “fortemente” no desporto, mesmo que no referido “target” se inclua os jovens e que associado ao desporto, a tal “colagem”, vise somente aumentar as vendas de determinada bebida alcoólica com a conivência da lei, negligenciando os efeitos negativos associados ao álcool. Esta corrida desenfreada para aumentar as vendas proporciona uma exposição e “reputação” enorme, quer seja através do desporto ou de outros eventos onde o publico é maioritariamente jovem. Os jovens são emocionais e reagem a determinados estímulos.

Por ex. segundo uma fonte MyBrand Intelligence Unit de referência e publicada no mesmo jornal, no Top 10 das marcas mais associadas ao futebol surgem três marcas de cervejas – no primeiro, no sétimo e no décimo lugar.

Ficamos com vontade de alertar “as consciências” para este tipo de negócio complexo, poderoso e lucrativo que teima em dominar apesar das consequências negativas. Quantos jovens sofrem acidentes nas estradas associados ao álcool? Quantos jovens, depois de consumirem bebidas alcoólicas, provocam acidentes que envolvem outras pessoas inocentes? Quais os crimes associados ao álcool cometidos por jovens? Quantos jovens dão entrados nas urgências dos hospitais? Doenças sexualmente transmissíveis, por ex. HIV? Quantas famílias são afectadas por perdas devastadoras, de algum dos seus membros, como consequência associado ao abuso de bebidas alcoólicas? Esta realidade aparenta permanecer escondida do público. E o slogan hipócrita “Seja responsável; beba com moderação” não “cola.”

Se alguém responder honestamente a estas questões e a outras que possam existir mas que não constam aqui seria uma forma de ficarmos informados.

Prevenir o previsível
Embora a indústria do álcool apresente uma informação substancial ao público (imagem) reflectindo os seus contributos favoráveis a nível económico e social, todavia escusa-se a ser investigada por agentes externos sobre as suas estratégias (ex. marketing), políticas e “rede” intrincada de distribuição e venda.

Neste sentido, cabe a todos nós, pais, profissionais e outras pessoas atentas informar os nossos jovens das técnicas sofisticadas de marketing que são direccionadas a eles.

Gostaria de deixar aqui uma palavra de conforto e candura para aquelas famílias que já sofreram na “pele”, a perda dos filhos e filhas em acidentes, fatalidades, doenças, etc. das consequências negativas deste negócio poderoso e lucrativo.

Participe e comente.

http://www.aacs.pt/legislacao/codigo_da_publicidade.htm

terça-feira, 16 de junho de 2009

Um mundo para as crianças

O mundo dos adultos é demasiado assustador e perigoso para as crianças, todavia para algumas é seguro e cheio de oportunidades para brincar e aprender.
Como podemos identificar a diferença entre umas (perigoso) e outras (seguro)?
O que aconteceria se as crianças tivessem direito a voto? Em quem votariam?

ver link e comente:
http://www.youtube.com/watch?v=iTNgl2_ddKc&feature=fvsr

segunda-feira, 25 de maio de 2009

As notícias que geram milhões


Podemos afirmar que os meios de comunicação social contribuem na transformação da nossa sociedade. Infelizmente, a maioria dos canais de televisão devota grande parte dos seus noticiários a acidentes, desastres e dedicam-se a explorar as eventuais calamidades que podem surgir num futuro próximo. Convocam comentadores e especialistas para uma discussão “acesa” e extensa sobre determinada catástrofe. Na abertura dos noticiários frequentemente escutamos o/a jornalista afirmar, por ex. “Um novo estudo revela que a utilização do telemóvel pode causar o cancro. Saiba mais nas notícias das 20”. Imediatamente somos invadidos por um receio (preocupação e ansiedade) visceral desejoso em ouvir atentamente todo o tipo de tragédias possíveis, mesmo que para isso nada retiremos de benéfico para as nossas vidas.

Por vezes, oiço os noticiários e procuro distanciar-me dos seus conteúdos “inflamados”, visto ter interesse em compreender este tipo de notícias sensacionalistas, absurdas e alarmantes e as implicações do medo na nossa cultura. De que forma, a guerra de audiências entre os canais de televisão que visam o poder, o controlo e o negócio, influencia e manipula o espectador, a comunidade e a sociedade? As famílias e as crianças? Pessoalmente, estou interessado em saber as consequências negativas deste tipo de jornalismo e como eu devem existir mais pessoas. Se alguém me informar, agradeço.

Os conteúdos dos noticiários sensacionalistas procuram manipular a informação num formato desproporcionado, inflamado e visam unicamente o aumento das audiências, e obviamente em potenciar o sensacionalismo. Estes noticiários são apresentados ao telespectador em forma de verdades absolutas, em alguns casos reforçados pelos comentadores e especialistas nas tragédias, que por vezes aparentam também beneficiar desse mesmo sensacionalismo em benefício próprio. O sensacionalismo alimenta-se de mais sensacionalismo. Quase que nos “obriga” a estar informados. Este frenesim gera preocupação desenfreada, sem regras ou limites, em vez de uma opinião pública realista, crítica e ponderada.

O noticiário raramente fornece informação nova ou relevante sobre segurança, mas a sua urgência revela a importância da repetição e, consequentemente, obtém a nossa atenção, como se entrassem pela nossa casa adentro e gritassem “ Não saia de casa ou será morto! Oiça o que lhe tenho para dizer sobre como poderá salvar a sua vida!” São imagens perturbadoras apresentadas com uma urgência artificial e a implicação habitualmente falsa que é imprescindível para si assistir. É deste modo que os noticiários televisivos funcionam como um negócio. O medo tem um lugar justo nas nossas vidas, mas não é o mundo dos negócios, muito menos nas vidas das crianças.

Nestes tempos difíceis aparentamos estar num estado de alerta constante, porque a nossa sobrevivência requer que aprendamos sobre as coisas que nos podem magoar. É por isso que abrandamos perante um terrível acidente de automóvel. Não se trata de curiosidade mórbida, mas sim de aprendizagem. Ao observarmos comentamos ou pensamos: “Olha este devia estar bêbado,” ou “Deve ter sido numa ultrapassagem, “ ou “Não viu o semáforo vermelho”. A nossa teoria é interiorizada, talvez para servir de recurso, caso seja necessário.
Os noticiários sensacionalistas programam e direccionam esses medos para nós e as respectivas audiências são virtualmente garantidas, por uma das mais fortes forças da natureza - a nossa vontade em sobreviver. O que mais tememos é projectado, reflectido e antecipado no ecrã da televisão. São deste tipo de preocupações que a nossa ansiedade generalizada se “alimenta”. Podemos pensar “Bolas, e se um dia me acontecer uma tragédia destas?”.

Há vários anos que não assisto aos noticiários. Estou “abstinente” deste tipo de informação (droga) da qual não necessito para viver, bem pelo contrário, não me faz falta absolutamente nenhuma. Experimente também, em conjunto com a sua família.
Se for um espectador atento e crítico, repara que quando as notícias da actualidade não são suficientemente inflamadas e não existem tragédias “novas”, actualiza-se uma história antiga. No mundo do jornalismo das notícias, as histórias assustadoras nunca acabam.
Se estiver atento os noticiários estes adoptam algumas frases favoritas, uma das quais é por ex. “A polícia de segurança pública fez hoje uma descoberta horrível, na Av. da Liberdade, em Lisboa e vamos imediatamente passar ao repórter no local. Aparece o repórter no local da tragédia, de preferência conhecido do público em geral e já associado a outras tragédias. Carrega um semblante incomodado e a sua voz sugere tragédia e ou tristeza.”

As novas tecnologias contribuem para o acesso e o arquivo de montagens chocantes sempre disponíveis, de modo que, actualmente, se não acontecer nada de terrível a nível nacional, poderá ouvir, “A polícia russa fez hoje uma descoberta trágica, veja mais pormenores, já a seguir ao intervalo”. Pode ter acontecido a milhares de quilómetros, mas é horrível. Quer regressem ao passado para encontrar algo chocante, ou dêem a volta ao mundo, em nenhum dos casos é necessariamente importante para a sua vida. Os noticiários são uma lista de mortes, tragédias, acidentes e catástrofes inabaláveis – que nos entra pela casa sem que para isso seja necessário sair do sofá.

Compreender como os noticiários televisivos funcionam é indispensável para a nossa segurança e bem-estar. Estar exposto a este tipo constante alarme e pânico choca-nos, ao ponto de se tornar impossível separar entre o irracional (preocupações generalizadas) e a realidade. È normal ouvir alguém, em jeito de desabafo - “Está TUDO doido.” Uma vez que se trata de sensacionalismo e não de informação, obtemos uma visão distorcida do que realmente causa perigo para nós.
Considero importante poupar as crianças a este exagero jornalístico. Acima de tudo, é nossa responsabilidade, educa-las para que adquiram competências e consigam interpretar a mensagem central e descodificar entre aquilo que é importante do supérfluo. Vai tudo continuar na mesma.

Deixo este link caso deseje saber mais sobre ética no jornalismo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Bullying - Vitima e o Agressor

Podemos monitorizar e evitar consequencias negativas que este tipo de comportamento pode causar quer seja na vitima, quer seja no perpetrador. Refiro aos pais, intituições e profissionais.
Ver link

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=31145

domingo, 3 de maio de 2009

Dança da independencia e da auto-afirmação


De uma maneira ou de outra todos praticamos esta “dança.”
Na realidade, o que torna o grupo de pares (circulo de amigos) tão convincente e determinante no desenvolvimento dos jovens? Como adultos, se recuarmos no tempo e se pensarmos como foi connosco; o que mais ambicionávamos era a independência e auto-afirmação. O que mais ambicionávamos era ser um jovem adulto respeitado pelos seus pares/grupo. Desejávamos tomar as nossas próprias decisões e assumir o controlo da nossa própria vida.

Apesar do desejo forte em assumir a independência co-existia uma sensação desconfortável que antecipava o falhanço, o medo do desconhecido e de tomar certos riscos. E se a sua decisão como jovem adulto fosse errada? E se as coisas não corressem como desejava? O que os outros pensariam se falhasse e cometesse erros sucessivos? Esta dualidade, que frequentemente assalta os jovens é geradora de pressão, o desejo intrínseco de autonomia e maturidade versus a necessidade de segurança e protecção.

A solução? Para a maioria dos adolescentes, esta dualidade é um jogo emocional - “pingue-pongue”. Os jovens praticam esta “dança” de avanços (autonomia) e recuos (dependência) entre a afirmação pessoal e a autonomia - (pingue - eu sei como se faz, deixei-me em paz) e por outro lado, regressa à dependência (pongue – preciso de coisas, vamos às compras?)

Pingue: Os adolescentes passam a maior parte do tempo com o seu grupo de amigos. Fazem parte da moda/cultura em ser “diferente”, como grupo etário – tal como todas as pessoas - é mais confortável e menos assustador do que arriscar, ser “diferente”, sozinho no desconhecido.

Parece ser uma alternativa viável para os pais e para as autoridades aceitar esta realidade, por vezes desconhecida, do que querer controlar todas as actividades, as modas e os rituais dos jovens. Evidentemente, que os jovens não conseguem identificar e vislumbrar este paradoxo. Para eles, definir limites e diferenças, em relação à geração mais “velha” é a confirmação de que caminham na direcção certa. Seguem a sua própria direcção, fiéis aos seus ideais.

Pongue: Sabemos que muitos adolescentes procuram a aprovação dos pais. Procuram o seu amor. Desejam que os pais sejam “testemunhas” das suas conquistas, desafios e sucessos. Verificam se os pais ocupam os seus “lugares” – como referências e modelos. Desejam que estejamos na audiência – “plateia” a assistir ao seu crescimento. Afirmam que não vale a pena ir ao jogo de futebol ou peça de teatro, todavia ficam extasiados se decidimos acompanha-los. Permitem que nós os avaliemos depois do jogo ou cerimónia, mas não querem reconhecimento público. Desejam ser respeitados.

Parece irónico, mas como sabemos existem muitos adultos que são dependentes e que necessitam da aprovação exacerbada dos pais, dos seus parceiros e amigos. Para eles, é difícil assumir e definir o seu rumo a seguir na vida – gerador de comportamentos disfuncionais ex. Codependência, dependência financeira, limitações vocacionais, alcoolismo e dependência de drogas, etc.
Pingue: A criança corre direito ao pai e à mãe, de braços abertos para os abraçar, mas imediatamente averigua se os amigos estão a observar. Os abraços são coisas de jovens e entre o grupo de pares não é bem visto ou aceite. Entre o grupo de pares os valores a seguir são a independência e a maturidade.

Pongue: Se você não consegue atrair a atenção do seu filho para a brincar ou jogar; sente que falha como pai ou mãe. Afinal acha que esta velho/a demais e que já não é admirado pelo seu filho/a.

È confuso? Pode crer que é. Sem dúvida. É confuso para o adulto ouvir do seu filho, num minuto, “deixa-me em paz” e no minuto seguinte, a criança pedir uma sugestão, um conselho ou ser convidado para assistir a um DVD. É confuso para um adolescente num minuto querer fazer tudo de uma forma autónoma e independente, e no minuto seguinte, suplica, metaforicamente, para o pegarmos ao colo.
Apesar dos jovens, por vezes, quererem que os pais terminem naquele momento, as suas funções e o papel, imediatamente a seguir, eles precisam de nós. Precisam de nós (pais, adultos) para os orientar neste jogo da vida. É da forma como nós (pais e adultos) gerimos este – “pingue-pongue” - ao longo da adolescência, que tornamos esta dança mais ou menos problemática ou mais ou menos desconcertante. Quer eles saibam ou não. Valorizem ou não.

sábado, 18 de abril de 2009

Condutores Sob o Efeito do Alcool

Estas apreensões são apenas a "ponta do iceberg" daquilo que realmente se passa na noite. Quais os efeitos negativos causados por estes condutores embriagados? Pode-se considerar que o carro conduzido por uma pessoa alcoolizada é uma "arma letal."

Danos a outras pessoas, inclindo lesões fisicas irreparaveis e permanentes, incluindo a morte.

Danos materiais a terceiros.

http://noticias.sapo.pt/lusa/artigo/9568364.html

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Meditar


“Teus filhos não são teus filhos,
São filhos e filhas da vida
Anelando entre si própria.

Vêm atrás de ti, não de ti,
E, embora estejam contigo,
A ti não pertencem.
Podes dar-lhes o teu amor,
Mas não os teus pensamentos, pois que
Eles têm os seus pensamentos próprios.
Podes abrigar seus corpos,
Mas não suas almas, pois que
Suas almas residem na casa do amanhã,
Que não podes visitar,
Sequer em sonhos.

Podes esforçar-te por te parecer com eles,
Mas não procures faze-los semelhantes a ti,
Pois a vida não recua,
E não se retarda no ontem.
Tu és o arco do qual os teus filhos como flechas vivas,
São disparadas.

Que a tua inclinação, na mão do arqueiro,
Seja para a Alegria.”


Kahlil Gibran, o poeta

segunda-feira, 6 de abril de 2009

European School Survey Project on Alcohol and Other Drugs

Inquerito Europeu de 2007

http://www.espad.org/portugal

http://www.idt.pt/PT/COMUNICACAOSOCIAL/COMUNICADOSIMPRENSA/Paginas/ESPAD2007eECATD2007.aspx

No seguimento da abordagema ao inquerito Europeu de 2007 enviei ao IDT algumas questões que considerei interessantes para melhor "ilustrar" o referido inquerito a nivel nacional.
O email que enviei:

- Exma sra dra Fernanda Feijão
Apos uma leitura ao ESPAD 2007 venho por este meio solicitar alguns dados nacionais referentes a este inquérito.
Metodologia e qualidade de dados a nivel nacional.

1. Qual o numero de amostras realizadas em Portugal?

2. Quantos participantes no inquerito do sexo masculino?

3. Quantos participantes no inquerito do sexo feminino?

4. Quais as escolas abrangidas pelo inquerito?

Resposta enviada pelo IDT. Na minha opinião, a resposta à ultima pergunta ficou incompleta, seria interessante saber qual as zonas do país que correspondiam as 580 escolas envolvidas. Todavia, gostaria desde já de agradecer à Dra Fernanda Feijão a sua disponibilidade em colaborar sobre o assunto em questão.

"Obrigada pelo seu interesse no ESPAD.
Se fizer o download do Relatório Europeu (www.espad.org) terá acesso a toda a informação que solicitou, em inglês.

O relatório em Português (que, para além do grupo etário dos 16 anos, incluirá os resultados para cada um dos grupos etários dos 13 aos 18 anos, e que se designará ECATD) será publicado em finais de Junho e conterá informação detalhada sobre todos os aspectos, incluindo os metodológicos, referentes ao estudo.

De qualquer modo e muito brevemente, aí vão as respostas às suas perguntas:

O ESPAD é um estudo nos alunos do grupo etário dos 16 anos (alunos que completam 16 anos no ano da recolha de dados)

1. Qual o numero de amostras realizadas em Portugal?
Houve uma amostra com representatividade assegurada para Portugal Continental para o grupo etário dos 16 anos, com um total de 3141 alunos.

2. Quantos participantes no inquérito do sexo masculino?
1471 RAPAZES
3. Quantos participantes no inquérito do sexo feminino?
1670 RAPARIGAS
4. Quais as escolas abrangidas pelo inquérito?
708 TURMAS DE 580 ESCOLAS

Fico disponível para qualquer informação completar que julgue oportuna.
Com os melhores cumprimentos
Fernanda Feijão"

Responsável pelo Núcleo de Estudos e Investigação (NEI)
Departamento de Monitorização, Formação e Relações Internacionais (DMFRI)
Instituto da Droga e da Toxicodependência, IP (IDT)

domingo, 5 de abril de 2009

Petição Online - Responsabilizar os pais "irresponsaveis"

Familia, Escola, Comunidade e Sociedade
Fazemos parte de um todo, da qual não podemos ignorar e/ou negligenciar.
Queremos participar na mudança activa de "mentalidades" e assim contribuir para um futuro melhor para as crianças. Desejamos que as crianças de hoje, sejam adultos responsaveis amanhã.
Neste sentido, nós pais temos um PALAVRA a dizer, por isso é preciso MUDAR de atitudes e comportamentos.
Participe na petição Online.

http://www.peticao.com.pt/responsabilizacao

terça-feira, 17 de março de 2009

Escolhas Positivas


Fui contactado por um colega para organizar um programa de Prevenção das Dependências para um grupo de pessoas da mesma família (irmãos e respectivos cônjuges, todos com filhos com idades compreendidas entre os 10 e os 15 anos). Coisa inédita. Na maioria dos casos e segundo a minha experiencia, é habitual ser contactado através de escolas, associações, instituições, mas nunca por uma família. Fiquei ao mesmo tempo surpreendido e encantado com esta oportunidade.

Uma família modelo preocupada e decidida a avançar na Prevenção das Dependências, em vez de delegar a responsabilidade deste trabalho na escola, nos professores, nos políticos, na polícia, na sorte, etc. Querem aprender, e assim, assumir a sua quota-parte na educação dos seus filhos. Como é do senso comum a “instituição” familiar ocupa um lugar de relevo na Prevenção das Dependências.

Estabeleço um paralelo entre duas situações diferentes e antagónicas. Num extremo uma família activa e determinada, no outro, uma família disfuncional e “doente”. Desde 1993 que trabalho e colaboro com instituições no tratamento das dependências, em regime residencial de internamento, e recordo vários relatos de membros de família impotentes, desesperadas, outros em completa negação, “cheios” de sentimento de culpa e remorso, que afirmavam desconhecer por completo a razão pela qual o seu filho/a tinha desenvolvido uma dependência às drogas, incluindo o álcool, e estar internado na clínica. Interrogavam-se desesperados; “Como é possível o meu filho/a ter um problema com drogas?” e “ O que fiz de errado?” ou “O que é que eu poderia ter feito diferente, de forma a evitar todo este sofrimento?” ou “Se ele/a (filho/a) realmente gostasse de nós, nunca faria uma coisa destas”, etc.

Visto já ter efectuado este programa de Prevenção das Dependências – “Escolhas Positivas” em escolas, decidi efectuar algumas adaptações a um contexto familiar direccionado somente aos pais. Prevenção das Dependências pode significar: prevenir, adiar e reduzir o consumo de toda e qualquer substancia potencialmente perigosa e geradora de dependência (adicção).

Em meados deste mês de Março, lá nos reunimos numa tarde amena de sábado, éramos 8 adultos ao todo. Começamos o Programa “Escolhas Positivas” por partilhar, “quebrar o gelo” inicial, aspectos relacionados com a educação dos filhos (duvidas, preocupações, diferentes pontos de vista) e o “papel” que cada progenitor desenvolve ao longo da vida do seu filho/a, em termos de referencia (modelo) num ambiente seguro e de respeito pelas ideias de cada um.

Depois avançamos para as substâncias psico-activas que alteram o humor (sistema nervoso central) e afectam o grau de percepção ou o funcionamento do cérebro (neurotransmissores) e susceptíveis de gerar dependência (doença) – drogas lícitas e ilícitas, incluindo o álcool e a nicotina – refiro–me às substancias estimulantes, depressoras, alucinogénicas e delirantes e os seus efeitos negativos a longo prazo. Existem drogas para todos os gostos e feitios. Hoje em dia, constato que a disponibilidade das substâncias, ex drogas ilícitas e lícitas (ex. benzodiazepinas – ansioliticos, etc.), é significativa entre os jovens faz parte de um acto social associado ao lazer e ao divertimento e em alguns casos para lidar com a pressão exagerada (ex. escola). Já para não referir o consumo precoce de bebidas alcoólicas pelos jovens – assumidamente, somos uma “cultura que bebe”.

Apresentei alguns motivos pela qual os jovens iniciam as primeiras experiencias com drogas depois abordamos o uso, o abuso e a dependência, falamos na oferta e na procura. Discutimos alguns aspectos interessantes; liberalização e a discriminação e os aspectos políticos desta abordagem sem resultados concretos no “terreno”.

A seguir mudamos de assunto; passamos das substâncias para as pessoas que são a verdadeira matéria-prima na Prevenção das Dependências e o objectivo do programa “Escolhas Positivas”. São necessários “heróis” e “heroínas” que assumam o compromisso e façam a diferença à custa de valores da família e da sociedade e não da valorização individual e/ou opulência material.

Se decidirmos investir na mudança de atitudes e de comportamentos, como um todo, não podemos estar à espera de “salvadores” e ou “milagres”, ou tornarmo-nos “vitimas” das circunstancias. Somos nós (família e sociedade) os principais interessados, porque ninguém deseja assistir, impotente, a um filho ou filha a sucumbir às consequências da dependência das drogas, incluindo o álcool.

Abordamos os factores de risco e os factores de protecção (pessoas, lugares e coisas) contemplando e identificando os principais domínios desta “Rede” multifacetada e complexa - Individuo, Família, Escola, Grupo de Pares, Comunidade e Sociedade. Todos estes domínios (sistema) estão interligados e apresentam um relação directa entre si, organizando-se e influenciando-se quer seja nos comportamentos de risco quer seja nos comportamentos protectores. Inevitavelmente, os factores de risco e os factores de protecção da Prevenção das Dependências, fazem parte dos lados da mesma moeda.

Discutimos sobre as expectativas da família quanto aos consumos do tabaco e álcool em casa. Identificamos a angústia e a impotência da ineficácia de algumas regras e limites impostos em casa, todavia pensamos na necessidade de re-inventar e ser criativo na abordagem disciplinar, como educadores, isto é, medida/estratégia que não surta efeito precisa de ser monitorizada, avaliada e se necessário alterada. Aprendemos que a rigidez, a critica severa, e a “busca da perfeição” não são compatíveis com a eficiência, o compromisso e a tolerância. Valorizamos o diálogo e a comunicação aberta entre a família, incluindo as crianças. È imprescindível o castigo, como medida de persuasão e de disciplina, mas proporcional à quebra da regra/comportamento a modificar. Não ser muito severo e exigente ou o lado oposto, ser negligente. A inexistência de regras, limites e a ausência de modelos e referências positivas na expressão dos afectos e emoções pode promover o estigma, a agressividade e o desafio dos valores, a mentira e a desonestidade, a vergonha tóxica, o sentimento de culpa e remorso e em último caso dependência de substâncias (Adicção).
Algumas Conclusões
Concluímos que o processo de desenvolvimento da vida de uma criança é repleto de riscos e acidentes, e que por vezes, só aprendem o errado depois de cometerem os tais erros. Isto é, não basta dizer, é preciso fazer. Isto também se aplica ao “papel” dos pais. Mas também é repleto de oportunidades “douradas” de aprendizagem e mudança nos comportamentos (resiliência).
Também concluímos que aquelas crianças e ou jovens mais expostos a situações de risco estão mais sujeitos abusar de substancias licitas e ou ilícitas, incluindo o tabaco e o álcool.

Agendamos um novo programa desta vez direccionado para as crianças, sem a presença dos pais, onde o nosso objectivo será direccionado para as competências individuais e sociais. Lá estarei para aprender com eles, ouvindo e participando com compromisso pela NOSSA causa e missão – “Mais Vale Prevenir do que Remediar” para isso, é importante fazer Escolhas Positivas.

Se você estiver interessado em participar no programa da Prevenção das Dependências – “Escolhas Positivas”, faça uma proposta à sua família e contacte-me. Estou a seu dispor para qualquer esclarecimento adicional. Tmv: 91 488 55 46