quarta-feira, 8 de abril de 2009

Meditar


“Teus filhos não são teus filhos,
São filhos e filhas da vida
Anelando entre si própria.

Vêm atrás de ti, não de ti,
E, embora estejam contigo,
A ti não pertencem.
Podes dar-lhes o teu amor,
Mas não os teus pensamentos, pois que
Eles têm os seus pensamentos próprios.
Podes abrigar seus corpos,
Mas não suas almas, pois que
Suas almas residem na casa do amanhã,
Que não podes visitar,
Sequer em sonhos.

Podes esforçar-te por te parecer com eles,
Mas não procures faze-los semelhantes a ti,
Pois a vida não recua,
E não se retarda no ontem.
Tu és o arco do qual os teus filhos como flechas vivas,
São disparadas.

Que a tua inclinação, na mão do arqueiro,
Seja para a Alegria.”


Kahlil Gibran, o poeta

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