domingo, 29 de novembro de 2009

O actor António Bandeiras pela Prevenção



Felizmente existem indviduos, uns conhecidos do publico em geral outros anónimos, que fazem a diferença na nossa comunidade e na nossa sociedade em relação à Prevenção. Não basta falar, é preciso fazer. Acrescento - Compromisso.

O que você faz pela prevenção, em relação aos seus filhos?

Envie um email xx.joao@gmail.com


Veja o video e comente no blogue:


sábado, 28 de novembro de 2009

Fantasmas na Familía que precisam de ser identificados



Fantasmas na Família


Como a Qualidade de Laços na Família Previne ou Contribui para a Psicopatologia Infantil e da Adolescência.



Todas as crianças precisam de uma pessoa, nas suas vidas, que seja doida por elas. Todas as crianças necessitam de saber que existe uma pessoa que é doida por elas e que estará lá sempre. Foi assim que conseguimos evoluir e sobreviver como uma espécie neste planeta. É por haver pessoas que são doidas por nós, enquanto somos crianças, que conseguimos sobreviver. Geralmente, essas pessoas são os nossos pais e/ou outras pessoas significativas. Para muitos, os primeiros anos de vida são aqueles que não importam muito. Parte da existência que muitos já não se lembram do que aconteceu. Mas na realidade, será verdade?


Sabias que, aproximadamente ao 7º ano de vida, o teu cérebro ja esta programado para lidar com o mundo e programado na forma como experienciar o mundo? Sabias que é no primeiro ano de vida, que aprendes a lidar com sentimentos, tais como, a confiança e a desconfiança? Sabias que quando nasces, a capacidade de absorver memória emocional está completamente formada? Sabias que, nos teus mecanismos cerebrais, a memória das coisas que te lembras é diferente da memória emocional? Quantas vezes já pensaste sobre um assunto de maneira diferente, ao longo de um período de tempo, mas o sentimento não muda? O sentimento está registado na “memória” do teu corpo.


Quando os pais expõem as suas preocupações sobre o comportamento dos seus filhos, regra geral, eles querem saber o que é que posso fazer para mudar o comportamento, para que obedeçam aos pais. No caso de trauma para que fiquem saudáveis, e assim por diante. Agora, o que raramente acontece é aparecerem pais a perguntarem-me “O que é que eu posso mudar nas minhas atitudes e no meu comportamento para ajudar o meu filho/filha?”.


Tendo em consideração a psico-biologia da criança, o papel dos pais é ensinar aos filhos, como se auto-regularem psicologicamente, pois é com essas “ferramentas” que vão lidar com o mundo. E é utilizando essas competências (ferramentas) que vão construir outros laços significativos e/ou desenvolver relações destrutivas com outras pessoas.


Quando o bebe nasce, uma das suas primeiras competências é o desenvolvimento da visão, são os pais, para quem ele vai olhar (identificar), sente que estão lá para cuidar dele, é o primeiro passo, da sua personalidade emergente, para o desenvolvimento da auto-estima. Quando o bebé chora e os pais acodem de imediato, ele sente-se seguro, num “mundo” repleto de possíveis predadores. Posso também acrescentar, por exemplo enquanto o bebé chora, e um dos seus progenitores procura sossegar (embalar), através de uma voz suave, (ex. cantando uma velha cantiga), o cérebro do bebe é ajustado/regulado, reduzindo substancialmente os níveis de cortisol, (possibilitando a comunicação dos neurotransmissores), retornando então o balanço homeostatico (homeostase). È através deste processo que o bebé aprende a auto-regular (equilíbrio da emoções), não conseguindo fazer sem a contribuição dos pais. E pela atenção (disponibilidade emocional) que lhe presta quando brinca com ele, quando lhe dá banho, quando o consola quando chora, quando o alimenta, quando tem fome, que se sente digno de receber, ao ser valorizado, e por sua vez, aprende a valorizar e a dar.


Quando a crianças crescem, precisam de alguém significativo, de forma a assegurarem-se que não existe um dragão que os vai comer de noite quando ficam sozinhos no quarto. A criança precisa de protecção e orientação dos pais/pessoas significativas para lhe mostrar como se lida com as pessoas, de forma a aprender a construir e a manter laços saudáveis nos relacionamentos. Aprender a identificar uma injustiça e prevenir outra. Entre imensas necessidades, a crianças precisa também que os seus sentimentos sejam prezados, assim como, ensinado a lidar com eles. Aceitar a sua própria tristeza e estar presente nesses momentos dolorosos, aceitar a raiva sem o desvalorizar pessoalmente, mas mantendo sempre regras básicas que sejam justas e ajuda-lo a exprimir a sua raiva o mais congruentemente possível. A crianças precisam de orientação dos pais para que aprendam a lidar com a vergonha e saber lidar com a ansiedade, gerado pelo de sentimento de culpa. A criança precisa dos pais para descobrir que o segredo baseado em medo corrói mais do que nada, e por isso a criança precisa da compreensão, aceitação e justiça, enfim, precisa que os pais sejam um espelho da sua alma para que se veja nos seus olhos, para que se encontre neste mundo e desenvolva uma capacidade saudável de estar consigo próprio e em se relacionar com outros. Não te esqueças, pai, mãe ou pessoa significativa, és o primeiro arquétipo, o primeiro significado da vida da criança.


Pai, mãe e/ou pessoa significativa, isto só pode ser feito de duas maneiras. Primeira, como criança foste assim educado, respeitado e continuaste a seguir esse rumo, ou segundo, com as melhores das intenções foste moldado à expectativa dos outros e nunca te encontraste, pois os caminhos que te indicaram não eram as estradas da tua alma, e como te perdes a maioria das vezes, perdes os outros também.

Tiveste então que seguir um caminho pelo qual a estrada nem sempre foi a direito (como qualquer outra estrada) e também foste aprendendo ao longo da tua vida a identificar os teus direitos como criança, para que agora como pai e/ou mãe consigas fazer diferente, daquilo que fizeram contigo, com os teus filhos.


Would not God find a way out, some superior deception such as the grownups and the powerful always contrived, producing one more trump card at the last moment, shaming me after all, not taking me seriously, humiliating me under the damnable mask of kindness?”


Hermann Hesse, “A Child’s Heart”



Aproximadamente, em 90% dos casos a psicopatologia infantil não é uma doença mental. São originados por conflitos emocionais (neuroses), juntamente com problemas de comportamento. Podem ser criados pela educação, pelo meio ambiente, juntamente com os genes. Mas atenção, não são os genes que ditam o comportamento, é o ambiente que reflecte e selecciona os genes que as tuas células vão utilizar. É assim que se forma a tua percepção, a tua memória emocional consciente e inconsciente assim como filtras e assimilas a realidade.


Se como pai, mãe e/ou pessoa significativa não conseguir regular a raiva do seu filho/a, provavelmente no futuro, ele não irá conseguir tolerar a raiva dos outros. Como pai, mãe e/ou pessoa significativa não conseguir estabelecer regras justas e regular os sentimentos de culpa do seu filho/a, é muito possível que ele não aprenda o significado de justiça, sentindo-se responsável pelos sentimentos dos outros quando crescer. Como pai, mãe e/ou pessoa significativa não permitiu a expressão das emoções, é natural que o seu filho/a, quando crescer, não saiba lidar com as suas emoções, assim como viver com as dos outros. E a lista continua.


Estes são os fantasmas “vivos” que atravessam gerações, mas que ninguém aborda, pois para muitos pais não sabem como lidar com estes assuntos (mitos e tabus). Como pai, mãe e/ou pessoa significativa para conseguir expressar e abordar estes fantasmas é necessário conhecer os seus “nomes”. A criança que não foi emocionalmente regulada/educada e não teve um “espelho da sua grandeza”, na realidade, nunca viu a sua cara.


A maior prevenção na saúde mental e psicopatologia, antes de medidas sociais e profissionais, sao vocês, como pais, mãe e/ou pessoa significativa. A sua missão como progenitor é desenvolver uma estrutura familiar segura aos seus filhos, para que eles aprendam a construir as deles.


Se queres saber mais sobre psicologia infantil e ideias praticas como lidar com as suas crianças, siga os links:






Tanto na felicidade, tanto como na tristeza, BOA SORTE!

Dr. Miguel Mealha Estrada, PsyD, MBACP

Child and Adolescent Clinical Psychotherapist

Autism Spectrum Disorders Specialist Unit, London.


Comentário: Desde já gostaria de expressar os meus agradecimentos ao Dr. Miguel Estrada pela sua participação no movimento/causa sobre a Prevenção. A prevenção assume um papel significativo na educação das nossas crianças e na nossa comunidade.
Como aprendemos a ser os adultos que somos? Na minha opinião, não existem fases (expressões populares entre pais) "Ah, o meu filho/a está numa idade dificil..." ou "Sabem como é....adolescência...é problematico." Todos nós, seres humanos sofremos as adversidades da vida.
Não é sinonimo de educação fazer com que os nossos filhos/as nos obedeçam (cegamente), atraves de regras desactualizadas, rigidas e ou demasiado passivas. Para eles (crianças) é demasiado confuso, por ex. um pai dizer/fazer uma coisa, e depois a mãe dizer/fazer outra. Há que encontrar, atraves da criatividade e do exemplo um espaço para educar e aprender a viver em conjunto/familía. Porque afinal, como adultos, também estamos a aprender com os erros...e algumas vezes os nossos filhos (crianças) sofrem as consequencias desses mesmos erros.
Prevenção é tolerancia, orientação, compaixão, assertividade (ex. dizer NÂO), limites e liberdade de escolha, é aprender a receber e a dar.
Um grande bem haja Miguel e abraço iluminado.



segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O lado escuro da realidade


A medicação prescrita pelos medicos para algumas doenças psiquiatricas é sem sombra de duvida, uma mais valia para milhoes de individuos que de outra forma não conseguiriam ter qualidade de vida. Todavia, existe o marketing e o lucro associado à medicação psicotrópica. A industria farmacêutica que movimenta milhoes de euros. Existem 100 milhões de individuos no mundo que recorrem a estes medicamentos.

Como se diagnostica determinadas doenças psiquiatricas?Existem testes? Quem os faz?
Se verificar que existem sinais e sintomas que interferem negativamente na sua vida, fale com o seu psiquiatra. Não seja somente mais um cliente, faça perguntas e esclareça as suas duvidas. Exija ser atendido e ouvido. Obviamente que existem excelentes (lado humano) profissionais.

Veja o video e comente.

domingo, 22 de novembro de 2009

Prevenção em Portugal, Zero


A prevenção é altamente negligênciada, por todos em geral, até ao dia que surgem os problemas. Recordo inumeros casos de familias que me perguntam "Diga-me, porque é que o meu filho se droga? Nunca lhe faltou nada...teve tudo. Nós os pais, trabalhamos a vida inteira..." Parece adoptar-mos uma postura/atitude de Negação (minimizar, racionalizar e justificar) em relação ao problema. Andamos uma vida inteira numa corrida, frenetica e obsessiva, à procura de satisfazer os nossos egos.


Após ler esta noticia sobre a obesidade infantil, concordo e reforço a necessidade de implementar programas coerentes e sustentaveis. Areas como a obesidade, as drogas licitas e ilicitas, incluindo o alcool, aparentam serem negligenciadas. Por ex. em Portugal é permitido a publicidade às bebidas alcoolicas associado ao desporto.
É necessario tomar medidas serias, não me refiro somente ao Governo, mas a cada um de nós, de forma a inverter alguma realidade disfuncional (ex. interesses financeiros e economicos) em prol das pessoas e instituições. Se um dia um filho/a ou filhos surgirem com problemas associados ao alcool e ou drogas ilicitas, o que é que você faz? Conheço muitos pais e familias que negam esta realidade.


Qual ou quais os tipos de programas sobre a Prevenção em que você e ou a sua comunidade estão envolvidos? Responda e envie para xx.joao@mail.com


Veja a noticia e comente.


sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Podiamos ser mais sinceros e valorizar aqueles que nos amam



O Poder da Validação - Stephen Kanitz


“Todos somos inseguros, sem excepção. Os super-confiantes simplesmente disfarçam melhor. Não escapam pais, professores, chefes nem colegas de trabalho. Afinal, ninguém é de ferro. Insegurança é o problema humano número um.


O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, apreciaríamos mais a vida. Mas como reduzir esta insegurança?


Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. É um engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.


Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efémera. Segurança depende de um processo que chamo de "validação".


Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.


Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja.


Quem nos elogia e levanta na hora certa são os que melhor combatem a sua insegurança. Mas eles próprios precisam de validação.


Um simples olhar, um sorriso, uma palavra de elogio são suficientes para você validar alguém. Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para validar os outros.


Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. “Damos graxa” a quem não gostamos, e esquecemo-nos de validar aqueles que admiramos. Por falta de validação, criamos um mundo consumista, onde se valoriza o ter e não o ser. Por falta de validação, criamos um mundo onde todos querem mostrar-se, ou dominar os outros em busca de poder.


Validação permite que pessoas sejam aceitas pelo que realmente são, e não pelo que gostaríamos que fossem.


Mas, justamente graças à validação, elas começarão a acreditar em si mesmas e crescerão para ser o que queremos.


Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todos os dias. Com um elogio, um sorriso, os parabéns na hora certa, um “bom trabalho”, uma salva de palmas, um beijo, um sinal de aprovação, umas flores. Você já validou alguém hoje?


Então comece já, por mais inseguro que você esteja. “



Veja o blog do autor em http://blog.kanitz.com.br/


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mentes selectivas


Somos individuos limitados na avaliação, quer sejam das nossas qualidades ou dos nossos defeitos de caracter, assim como na avaliação dos outras pessoas.
Por ex., porque será que nº de divorcios aumentou? Será que tem a ver com a "guerra" do sexos?
Esta foto ilustra, segundo Gilberto Nucci, que só valorizamos aquilo que nos realmente interessa ou dá jeito acreditar.
Os relacionamentos são o "terreno" perfeito para desenvolvermos novas habilidade e identificar crenças disfuncionais.
Se não conseguir ler a legenda, faça um clique, com o cursor, em cima da foto.