terça-feira, 19 de abril de 2011

À deriva na ambivalência (crise)



Mais Vale Prevenir Do Que Remediar procura ampliar a sua acção na divulgação, na informação, no apoio junto do maior numero possível de pessoas e instituições de forma a sensibilizar para a importância da Prevenção das Dependências e na luta contra o estigma, a negação e a vergonha. Desta vez, publiquei um artigo no Portal de Educação (Educare.pt) com o titulo "À deriva na ambivalência (crise)".

Acredito que os nossos jovens (portugueses) necessitem de alargar os seus horizontes e competências individuais e sociais (valores morais e espirituais) e explorar conceitos como o Propósito, o Sentido e o Significado do Rumo das suas vidas, desde o seu nascimento e ao longo do seu desenvolvimento, com o apoio dos pais, família, grupo de pares, da escola e da comunidade. Ao contrario do que vem acontecendo ao longo das  ultimas décadas, onde o consumismo, o materialismo, o ego frenético através do individualismo, assume um papel preponderante na cultura portuguesa e no mundo, um óptimo exemplo é a crise social que actualmente afecta milhares de familias.
Neste preciso momento, enquanto você lê este post, algumas pessoas, incluindo as crianças, estão a sofrer com a perda de qualidade de vida.
 Siga o link. Procure na rubrica designada por A PALAVRA A...  "À deriva na ambivalência (Crise)" e faça o seu comentário.

http://www.educare.pt/educare/Opiniao.Artigo.aspx?contentid=90393CD55894F36DE0400A0AB8001D4D&channelid=90393CD55894F36DE0400A0AB8001D4D&schemaid=&opsel=2

Os meus sinceros agradecimentos à equipa coordenadora do EDUCARE.pt pela sua total disponibilidade em apoiar o Mais Vale Prevenir Do Que Remediar no seu movimento junto de pessoas e instituições, através do seu site. As crianças são um tesouro demasiado valioso para ser negligênciado.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Uma Vida Desperdiçada É Demasiado



Sabemos há imenso tempo que os jovens portugueses, tal como a maioria dos jovens de outros países europeus, revelam uma predisposição e uma vulnerabilidade acentuada quanto ao fenómeno do consumo e abuso de bebidas alcoólicas (Binge Drinking – Consumir bebidas alcoólicas com o intuito de ficar intoxicado/embriagado), com idades entre os 13 e os 18. 

Sabemos das consequências para a saúde física e mental, assim como familiar e social. Creio que em menor escala, mas paralelamente, emerge outro fenómeno relacionado com o consumo e abuso de substancias psicoactivas, licitas e/ou ilícitas (drogas). Em Portugal, existe um número preocupante de jovens em risco, cuja tendência pode aumentar nos próximos anos.

Será o consumo e abuso de bebidas alcoólicas considerado ritual tolerado, de acordo com a nossa cultura, para a transição entre a adolescência e a idade adulta? Aceitamos este ritual, impotentes e sem respostas concretas e eficazes para abordar os perigos e riscos, deste fenómeno, na relação com os nossos filhos? Será que como pais, em particular e sociedade em geral, negligenciamos medidas urgentes e preventivas relacionadas com esta realidade? 

Em Portugal, quais as instituições que investigam este tipo de fenómeno e se preocupam em informar o publico em geral?
Dada a relevância e a evolução do fenómeno do Binge Drinking (consumir e abusar de bebidas alcoólicas com o intuito de ficar intoxicado/embriagado) entre os jovens é importante fazer esta pergunta.  Quantas vidas perdidas são desperdiçadas e negligenciadas por causa do álcool?


O Binge Drinking e o Bullying são estrangeirismos de fenómenos estudados noutros países, adoptados por cá? Se são estudados noutros países porque é que não merecem a mesma atenção em Portugal? Por exemplo, a indústria poderosa e milionária do álcool consegue através das suas estratégias de marketing agressivo e publicidade “inundar” eventos e actividades, ligadas ao desporto, à semana académica e à música, onde a maioria dos intervenientes são jovens, adoptando o lema “retrógrado” e ineficaz “Seja responsável, Beba com moderação” descartando as suas responsabilidades, quando na realidade os resultados desta medida são praticamente nulos. Parece que convém que assim permaneça.

Em Portugal, a idade legal para consumo e abuso de bebidas alcoólicas é a partir dos 16 anos. Sabia que o processo de desenvolvimento do cérebro só se completa aos 25 anos? Sabia que o Binge Drinking pode afectar negativamente o desenvolvimento do cérebro dos jovens? Se a Ordem dos Médicos e a Ordem dos Advogados sabem deste fenómeno porque é que não interferem de uma forma zelosa e comprometida, neste domínio, tal como algumas suas congéneres estrangeiras?

O álcool é uma droga. Em Portugal, o alcoolismo é um problema de saúde pública. Quanto gasta o Estado na saúde? Existe a luta contra as drogas, porque é que no álcool a luta é as pessoas, apesar destas evidências?

Procurei no Google informação através das palavras – Jovens e o álcool. Imediatamente surge: “Jovens e o tabaco, Jovens e o desemprego, Jovens e o trabalho, jovens e o consumismo, Jovens e o dinheiro, etc”. Não aparece nenhum resultado sobre os jovens e o álcool.

O álcool e os jovens. Um único caso, um/a jovem, somente uma VIDA desperdiçada é demais. 

Uma Vida desperdiçada é demasiado quando:

  • Se conduz sob o efeito do álcool.
  • Se adopta um comportamento de risco
  • Pessoas morrem por alcoolismo.
  • Famílias são destruídas pelo abuso de álcool.
  • O risco de cancro aumenta.
  • Existem vítimas de violência doméstica, de abuso, de homicídio relacionado com o álcool.
  • Uma vida é desperdiçada quando essa jovem está grávida.
  • Não se sabe que a ajuda/apoio está disponível.
  • Uma criança cresce numa família afectada pelo álcool e o alcoolismo.
  • Jovens perdem a vida relacionadas com o álcool.
  • Pessoas precisam de tratamento e não têm apoio e recursos.
  • As pessoas vão para a prisão em vez de serem reencaminhadas para tratamento.
  • Acontecem acidentes e outras pessoas inocentes são afectadas.
  • Quando as crianças nascem com o Síndrome Fetal Alcoólico (SFA).
  • Existem acidentes, quedas e incêndios relacionados com o álcool que envolve outras vítimas.
  • Existem casos de suicídio relacionado com o álcool e o alcoolismo.
  • Existem casos onde as pessoas não pedem ajuda
  • Existem acidentes de condução sob a influência do álcool.
  • Existem inúmeros casos de absentismo laboral relacionado com o álcool
  • Ainda não existe a esperança de Recuperação
  • Ainda morrem jovens e adultos desta doença que é possível ser tratada.

Este fenómeno, ser um profissional e também ser pai, justificam a existência deste movimento expresso neste blogue. Se quiser responder às questões colocadas neste post pode fazê-lo, bem-haja.
O Mundo dos Adultos não é seguro para algumas crianças vulneraveis