sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Conduzir sob o efeito do álcool e as vitimas inocentes




Sabia que a condução sob o efeito de álcool e/ou outras drogas pode transformar a viatura numa arma letal com consequências trágicas e com vitimas inocentes.
Veja este video controverso, sobre um individuo que afirma ter morto uma pessoa enquanto conduzia o seu carro sob o efeito do álcool.
Noticias 2013
28/12/13 «428 pessoas detidas por excesso de alcool na época do natal.»
05/08/13 " Político responde por homicídio negligente e condução sob o efeito de álcool num acidente que causou a morte de um jovem de 19 anos"
06/08/13 "Mais de cem condutores com alcool a mais. A GNR deteve no domingo 136 condutores com excesso de alcool."
27/08/13 "68 condutores detidos com excesso de alcool. GNR deteve, no fim de semana, (...) 68 detenções a individuos que conduziam sob o efeito do alcool."
24/09/13 "1390 detenções na Operação Verão Seguro. (...) entre 15 de agosto e 15 de setembro, 620 das quais por excesso de álcool (...)."

Partilhe este video pelos seus contatos de forma a chegar ao maior numero de pessoas a fim de sensibilizar para este tipo de tragédia.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A resiliência é um escudo para as dependências



10 Dicas úteis sobre como promover a resiliência no desenvolvimento das crianças, por Margarita Tartkovsky (Leia o texto na integra).


1. Não proporcionar todos os recursos
Segundo a Dra. Lynn Lyons “ Sempre que tentamos proporcionar segurança e conforto, estamos a atrapalhar as crianças a fim de que elas consigam desenvolver as suas competências na resolução de problemas e na aquisição de perícias.” Proteger excessivamente as crianças somente irá aumentar a ansiedade delas.”
A Dra Lyons ilustrou este exemplo muito comum de uma forma dramática. “Às 15.30, a criança sai da escola e revela aos pais, que frequentemente fica preocupada porque não sabe se os seus pais a vão buscar a horas. Para tranquilizar a criança, os pais chegam à escola com uma hora de antecedência e “estacionam” á frente da janela da sala de aula, para que a criança os veja. Outro exemplo, “ Os pais permitem que o seu filho, de 7 anos, durma num colchão no quarto deles porque o filho se sente desconfortável em dormir no seu próprio quarto sozinho.”

2. Evite eliminar todos os riscos
Naturalmente, os pais procuram proporcionar segurança aos seus filhos. Mas eliminar todos os riscos retira-lhes a oportunidade de aprenderem sobre como ser resiliente. Numa família conhecida da Dra. Lyons, durante a ausência  e segundos os critérios dos pais , as crianças não atingiram ainda o nível de maturidade suficiente que lhes permita tomar as refeições em casa visto haver o receio de sufocarem com a comida, assim, segundo a Dra Lyons, também não estão habilitadas a permanecer em casa. Se as crianças já são crescidas o suficiente para estar em casa sozinhas, também são crescidas para se alimentarem.
O factor chave reside em permitir às crianças correr riscos apropriados à sua idade e ensinar algumas competências essenciais ao seu desenvolvimento. O adolescente que vai tirar a carta de condução, aos 5 anos de idade aprendeu a andar de bicicleta e que antes de atravessar a rua, precisava abrandar a velocidade, prestar atenção aos carros e olhar para o lado direito e para o lado esquerdo, Proporcionar às crianças, a liberdade apropriada à sua idade, ajuda-os a aprender a definir os seus próprios limites.


3. Ensine-os a resolver os seus próprios problemas
A criança está amedrontada por ir passar o fim-de-semana com os amigos, num campo de férias, longe de casa. Segundo a Dra Lyons, um progenitor ansioso afirmaria numa situação destas “Pronto, não há necessidade em ires ao campo de férias. Podes ficar em casa.”
Todavia, uma abordagem mais correcta consiste em estabilizar o estado de ansiedade da criança, ajudando-a a gerir as suas emoções em relação às saudades de casa. Nesse sentido, pode perguntar à criança o é que ela pode fazer a fim de se adaptar às saudades de casa.
Quando o filho da Dra Lyons ficava ansioso por causa do exame final, ela e ele faziam um brainstorm  sobre as possíveis estratégias para gerir melhor o tempo e o horário para estudar. Por outras palavras, ajuda-lo a acostumar-se a enfrentar os seus próprios desafios. Através da repetição, proporcionar-lhe oportunidades a fim de determinar aquilo que funciona e aquilo que não funciona.

4. Ensine aos seus filhos competências concretas
Quando a Dra Lyons, trabalha com crianças, ensina-lhes competências específicas a fim de eles aprenderem a gerir determinadas situações. Costuma questionar-se a si própria “Qual é o objectivo que pretendo atingir com esta situação? Qual é a competência que eles necessitam de aprender para atingir o objectivo?” Por exemplo, pode ensinar a criança a cumprimentar alguém e a iniciar uma conversa.

5. Evite a pergunta “Porquê?”
Segundo a Dra Lyons, o “Porquê?” não se revela eficiente na aquisição de competências para gerir os problemas. Por exemplo, se o seu filho deixa a bicicleta à chuva e você pergunta, “Porquê?” O que é que elas vão dizer? A resposta vai ser “Tenho 8 anos e sou uma criança descuidada.”
Faça perguntas utilizando o “Como”. “Olha lá, deixaste a bicicleta à chuva e a corrente ficou enferrujada. Como é que podes reparar essa situação?” Por exemplo, o seu filho pode ir fazer uma pesquisa à internet e descobrir como pode reparar a corrente enferrujada ou contribuir com o seu próprio dinheiro para uma corrente nova. A Dra Lyons também utiliza o “Como” para ensinar competências diferenciadas. “Como é que vais levantar da cama quando está acolhedor e os lençóis estão quentinhos?” ou “Como é que vais lidar, com os rapazes barulhentos da tua turma, quando eles começarem a incomodar?

6. Não lhes proporcione todas as respostas
A Dra. Lyons, afirma que, em vez de lhes dar todas as respostas, faça o seguinte, utilizando a frase “Não sei.” Assim está a proporcionar-lhes as competências necessárias para a gestão dos problemas. Utilizando esta frase, está a ensinar-lhes a tolerar a incerteza e a ajuda-los a pensar sobre as formas possíveis de enfrentar alguns desafios. Faça este exercício quando eles são crianças, e ao longo do seu crescimento, proporcionando-lhes pequenos desafios, está a prepara-los para desafios maiores e mais arriscados. Eles não vão gostar, mas com o tempo vão acostumar-se.
Por exemplo, quando você vai á consulta de rotina do médico do seu filho, e ele perguntar  “Ó mãe, vou apanhar uma pica?” em vez de o tranquilizar, diga “Não sei. É bem provável que leves uma pica, se acontecer, vamos ver como é que vais enfrentar a situação.” Outro exemplo semelhante, se o seu filho perguntar “Ó mãe hoje vou ficar doente?” Em vez de responder “Não, não penses nisso. Não vai acontecer nada.” responda “É provável, se acontecer vamos ver como lidas com isso.”
Se a criança estiver preocupada porque vai detestar a escola, em vez de dizer “Vais adorar, vais ver!” Você pode explicar que algumas crianças podem não gostar da escola, desta forma, você pode ajuda-lo a encontrar outras alternativas.

7. Evite o discurso utilizando termos catastróficos
Preste muita atenção aquilo que diz em frente aos seus filhos. Segundo a Dra Lyons, os pais ansiosos têm a tendência para utilizar termos catastróficos. Por exemplo, em vez de dizerem “É mesmo importante aprenderes a nadar,” dizem “É mesmo importante aprenderes a nadar porque seria devastador, para mim, se um dia tu te afogasses.”

8. Permita que os seus filhos cometam erros
De acordo com a Dra Lyons, cometer erros não significa que seja o fim do mundo. É esta a forma como adquirimos o discernimento, a fim de sabermos o que fazer a seguir e a resolver a situação. Para os pais, revela-se extremamente doloroso, permitirem a confusão e a desordem. Por outro lado, é desta maneira que as crianças aprendem a identificar e a corrigir equívocos, e para a próxima vez, aprendem a evitar cometer os mesmos erros. É típico dos pais ansioso e superprotectores, quando a criança possui uma determinada tarefa, fazem questão de que façam o trabalho o mais possível próximo da perfeição, mesmo que numa primeira abordagem a criança, não revele absolutamente interesse nenhum. Permita à criança identificar as consequências das suas acções. Outro exemplo semelhante, se o seu filho não quer ir à natação, permita que ele fique em casa, porque da próxima vez, quando ele se sentar no sofá poderá sentir-se desconfortável.

9. Ajude o seu filho a gerir as emoções
A Dra Lyons, afirma que a gestão das emoções é o factor principal para a resiliência. Ensine o seu filho a aceitar as emoções, como algo perfeitamente legítimo. É normal sentir raiva quando ele ou ela perde o jogo ou se alguém lhe come o gelado todo. Depois das emoções atribuladas, eles precisam de pensar sobre aquilo que vão fazer de seguida. Rapidamente, as crianças também aprendem a distinguir e a relacionar as suas emoções poderosas e aquilo que eles querem. Os pais também precisam de aprender como lidar com suas emoções. Como progenitor, você poderá dizer “Compreendo que te sintas frustrado e zangado. Se estivesse no teu lugar, também me sentia da mesma maneira. Entretanto, precisas de aprender a identificar qual é próximo passo e qual o comportamento mais apropriado.” Se o seu filho fizer uma grande gritaria, ficará bem claro qual o tipo de comportamento que é apropriado ou não. Você dirá “Desculpa, mas não vou buscar outro gelado, porque esse tipo de comportamento é inapropriado e inaceitável.

10. Resiliência
É óbvio que as crianças aprendem observando o comportamento dos progenitores. Segundo a Dra Lyons, sugere “Seja consistente e tenha calma. Você, como progenitor, não pode pedir aos seus filhos para controlarem as emoções, se você não consegue controlar as suas. Na verdade, nós baralhamos tudo e como sabemos a educação exige muita pratica.” Quando você, como progenitor, cometer um erro, admita-o e diga “Desculpa filho, realmente estraguei tudo. Não consegui gerir a situação com calma. Vamos falar e descobrir outra forma diferente de lidar com a situação no futuro.”

É desde criança e ao longo da adolescência que a resiliência proporciona orientação e competências através de caminhos, conquistas e adversidades, por si só, inevitáveis e complexas, mas que fazem parte integrante do próprio desenvolvimento. Crianças resilientes, mais tarde, tornam-se adultos resilientes, capazes de sobreviver e prosperar expostos aos mais diversos tipos de adversidade.
Saiba mais sobre a Dra Lynn Lyons 

 Comentário: Como adultos sabemos o quão importante são os valores e as competências que nos foram incutidos pelos pais ou pessoas significativas, pela família em geral, pela escola e pela sociedade ao longo do nosso desenvolvimento. Da mesma forma, também sabemos o quão importante foram, e ainda continuam a ser, os erros que todos nós cometemos. É nesta dança entre a aquisição de competências e a aprendizagem dos erros, relação causa e efeito, que a prevenção das dependências ocorre desde o nascimento e ao longo da vida.
A prevenção das dependências, direccionada para as crianças, só é possível se TODOS estivermos envolvidos e assumirmos esse compromisso – causa. Por outras palavras, se sabemos que as crianças adquirem grande parte das suas competências observando os adultos; nós como adultos, responsáveis e com mais experiencia de vida, precisamos de ser um exemplo a seguir.
A sociedade somos todos nós. Estaremos a proporcionar às nossas crianças um leque de oportunidades que elas precisam para explorar o mundo? Será que estamos a incutir nas crianças um espirito que as motive a explorar o seu próprio potencial, a prosperarem e a oferecer-lhes alternativas para enfrentarem as adversidades? As drogas, incluindo o álcool, estão disponíveis para aqueles jovens que não exploraram, desenvolvem e prosperaram ao longo do seu desenvolvimento e servem, na perfeição, como uma almofada para atenuar a dor e o trauma, a frustração, a vergonha, a rejeição, a culpa.